Ainda nos resquícios da Feira de Maio, vou relatar-vos uma história que aconteceu a um indivíduo, habitante da Moita, já na madrugada de sábado, dia 27 de Maio de 2007. Por questões éticas e a pedido do próprio, resolvemos preservar a sua identidade, pelo que chamar-lhe-ei de Sr. Lima.
Pois bem, a noite do Sr. Lima começa como a de tantos outros na pequena vila da Moita, em plena Feira de Maio. Um jantar bem regado, em flúem conversas de mulheres, carros, futebol e mulheres. Como a Moita é pequena facilmente nos encontramos nos poucos bares existentes. E foi assim que o Sr. Lima foi para ao Arribar, com algum sangue no álcool.
Entre cervejas e moscatéis, o Sr. Lima decide-se pelos shots, que nesta altura da noite actuam como tacos de baseball, tal é a força da pancada. Distribui beijos pelos amigos e fala de forma eloquente com os seus companheiros. Porém, até então, esta é uma noite como tantas outras. Todavia, o curso dos acontecimentos, iria tornar esta história digna de uma ficção ao melhor estilo de Quentin Tarantino.
No regresso a casa, o Sr. Lima é confrontado com dois pelintras que tentam assaltá-lo. Confiantes do sucesso na usurpação, os ladrões cometem um grave erro ao subestimarem o balanço no andar do Sr. Lima. Foram confrontados com uma reacção vigorosa na defesa dos seus bens pessoais e da sua integridade física, não escapando porém a um golpe no sobrolho que lhe deu um ar de Sylvester Stallone no grande êxito cinematográfico “A Fúria do Herói”.
Vão ter que me desculpar um pormenor importante, na medida em que não sei se os ladrões foram bem sucedidos ou não, mas também pouco importa, porque o importante é que houve uma reacção digna de homem que já tinha bebido perto de 6 lt de bebidas espirituosas.
O Sr. Lima, sangrando do sobrolho, chega à entrada do seu prédio, pensando que esta epopeia estaria a chegar ao fim, sobe dois lances de escadas e mete a chave na porta. Roda a chave e nada…Volta a rodar a chave…e nada. Torna a rodar a chave. Nada. Respira fundo! Nova tentativa. Nada. Pensando de si para si, diz:”Bem não estou nos meus dias…Vou mas é embora…”
Ao chegar ao rés-do-chão, espanta-se com a presença de dois agentes da autoridade. Estupefacto, não entende o motivo da presença das forças de Segurança, uma vez que nem tinha ido apresentar queixa do assalto de que tinha sido vítima. E eis que é confrontado com a seguinte pergunta:
“Com que então é você que está a tentar assaltar o 2º andar?” - Engole em seco…
“É que recebemos uma chamada de uns senhores, já de idade, a dizerem que estava alguém à sua porta a tentar entrar à força…”
Acontece que o Sr. Lima mora no 3º andar!
Felizmente, como a Moita é pequena, um dos agentes conhecia a personagem e a situação foi resolvida a bem.
Mas o Sr. Lima, tão cedo não se esquece desta.
No dia seguinte bebeu apenas uns sumos.
quarta-feira, 30 de maio de 2007
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