domingo, 31 de agosto de 2008

Dejá Vu

Há coisas fantásticas neste universo… pois há.

Foi já aqui no Coisas relatada uma experiência de assalto simulada há uns tempos, em que a interveniente/assaltada reagiu proferindo seguidamente uns “Ai car”$”$, ai car#%#%, ai car#$&#$&!!!”, que de nada lhe serviriam caso se tratasse de um assalto real
.

Confesso que na altura fiquei com pena por não ter presenciado aquele momento, mas eis que este ano fui brindado por um Dejá Vu daquilo que anteriormente tive somente oportunidade de imaginar, e de desta vez a reacção ter tido resposta a condizer:

Seguia a miss Verborreia conduzindo o seu bólide comigo ao lado e com o team da mãe do miúdo Ruivo e a bicha do Alcides nos bancos de trás, em amena cavaqueira de lixinho após jantarada no planeta das pizzas mágicas, quando surge uma luz de policia à frente que aparentava tratar-se de uma operação stop.

De imediato a miss trocou de expressão, abrandou repentinamente o ritmo, e segurando fortemente no volante começou a soltar alto “Tou fod”#$”$, tou fod#%#%, tou fod$&$&!!!”.

Engraçado, porque do lugar onde eu estava vi que estava um agente da autoridade com um pirilampo que parecia indiciar não estar a mandar parar-nos.

A miss sempre proferindo os “Tou fod”$”$, tou fod””$, que se vinha a queixar de que à noite não via um palmo à frente do nariz, detecta o agente segundos antes de o levar à frente, e mal se cala e passa ao lado do agente a imagem imediatamente a seguir que passei a ter na janela dela foi de um agente que gritava ao mesmo ritmo “Continue, continue, CONTINUEEEE!!!”. Gargalhada geral a bordo do carro, e tatuada a expressão na memória de todos nos restantes dias.

Hmmm… Dejá Vu com attachment, muito bom.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Arre Poça!

Os estúdios Warner Bros., que produzem a série de filmes Harry Potter, accionaram com um processo judicial contra a Produtora indiana Mirchi Movies. O motivo do processo prende-se com o facto do título do filme indiano ser demasiado parecido com Harry Potter. O título em causa é Hari Puttar e conta a história de um rapaz de dez anos chamado Hari que salva o chip secreto do computador do seu pai de alguns criminosos...

Tendo em conta que as produtoras americanas são muito picuinhas com os seus filmezinhos, é normal que a estreia do filme Karaté Querido (cujos direitos pertencem ao Sr. Engenheiro e ao Sr. Serguei) esteja a ser constantemente adiada, pois o título é bastante parecido com uma película dos anos 80. Ao contrário desse filme dos anos 80, não se trata de um filme de acção. Karaté Querido é um romance entre um aspirante a Cinturão Negro e o seu Mestre. Mas a seu tempo, publicaremos em primeira-mão o argumento desta master-piece, num blog perto de si.

A julgar pelo processo judicial imposto à produtora indiana, talvez não seja boa ideia lançar para o mercado uma marca de roupa e acessórios de um amigo meu chamado Luís Vuitão ou então dos outros dois amigos dele o Doce & Banana, ou ainda incentivar um primo meu a editar um álbum sob o pseudónimo Frederico Mercúrio.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Aprendizagem Veraneante

Férias. Acontecimentos marcantes. Aprendizagem. Soa-vos familiar? Pois, para mim a partir de agora passou a fazer todo o sentido. J

Com jogo de cintura e “encaixando” dias de férias, consegui estar presente em momentos cruciais do team-lixinho-na-tola e viver parcialmente o que em linguagem subliminar (sempre) se transmitiu pelos lados do Rogil e pelas zonas mais a Sul.

É muitas vezes necessária uma dose de “tradução automática” do que se passa nestas alturas e ser dotado de um certo poder de encaixe, mas acaba-se sempre por adquirir conhecimento. Isto para dizer que concluí ter aprendido muito nestas férias:

  • Aprendi que para alguns totós armados em surfistas (não me refiro a quem aprende, refiro-me à espécie que tem a ideia de ser Pro e simplesmente não conseguir apanhar a ideia fun da coisa), além de não distinguir uma onda que vai para a esquerda ou para a direita, considera-se que a possibilidade insólita de perder a prancha (dado ser Pro) é um… inóspito (???);
  • Aprendi que há pessoas que conseguem estar em concertos e dizer mal de todas as bandas enquanto fustigam com açoites um verdadeiro amante do som com o lenço que se leva ao pescoço. Claro que só a Miss Verborreia poderia cometer tal acto;
  • Aprendi que não é preciso ir à Califórnia para ficar atordoado com as babes de praia, em Odeceixe há dias em que nem se fica atordoado e se desmaia logo à partida;
  • Aprendi que o 0 (zero) é o nº mais “suzinho”. Pois, go figure. J
  • Aprendi que apanhar ondas de peito com malta em sintonia, termina em estômago cheio de água salgada e eructação a condizer;
  • Aprendi com o criador do Coisas que é possível fazer surf com uma tábua de engomar às bolinhas e usar o fio eléctrico do aquecedor a óleo a servir de chop. Consta que num certo dia no Amado a água esteve mais quente… desconfio que tenha sido resultado dele ter encontrado alguma forma de ligar a ficha em algum lado das alforrecas;
  • Aprendi que há bolsos de moedas de jeans em que é tão difícil tirá-las, que segundo alguns rumores há malta que tem vários pares com cerca de 80€ dentro de cada uma;
  • Aprendi que no Verão, por motivos que desconheço, se dá a aparição do Panóias pelas praias do Sul;
  • Aprendi que o espírito colectivo gera força, que o diga o mano Alcides que por várias vezes teve de provar a si mesmo que a mente era mais forte que as leis da física (força);
  • Aprendi que a igreja católica ainda exerce peso na consciência, pelo menos nas alturas em que se hesita em fugir sem pagar de Pensões;
  • Aprendi que se deve sempre pôr mais um bocadinho de Redbull no Vodka, porque queima a goela das amigas, e fica intragável no primeiro gole, se bem que no segundo parece logo muito melhor.
  • Aprendi que atirar bolas com a mão esquerda (os destros) faz todos os gajos ficarem com uma pinta estranhamente gay/deficiente;
  • Aprendi que quando se dá o acontecimento de haverem empadas mágicas no Rogil se devem comprar logo todas, para não passar o resto dos dias a fazer figura de “carocho” em busca delas;
  • Aprendi que com este team é possível transformar uma simples ida à praia numa exibição de ginástica gimnodesportiva, diga de figurar nas apresentações de Beijing;
  • Aprendi que por vezes não pagar um parque de estacionamento suscita uma alegria desmesurada e contagiante;

É por tudo isto que eu digo, aprende-se sempre muito nestas férias maradas.

Todos os anos é a mesma magia, com variações (no verdadeiro sentido da palavra) que acabam todos os anos por ter uma sensação de já ter passado por aquilo e querer sempre voltar a repetir aqueles momentos de sintonia.

Acho que tudo o que se passou, todo aquele feeling único do espírito vivido por todos, se resume de uma forma que o criador do Coisas designa “daquela” forma, que só ele sabe: “Eu gosto”. E muito.

Até para o ano!!!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

(Foi) Um Bom Dia!

Poderia dizer que a elaboração do Plano de Actividades para a Despedida de Solteiro do Sr. Engenheiro e sua querida Noiva, foi algo tão bem preparado que só comparado com a Cerimónia de Abertura dos Jogos Olimpicos de Pequim, poderia dizer que a Descida do Rio Zêzere foi fantástica, poderia dizer que o almoço em Constância foi óptimo (excepção feita ao shot de Mil Nove e Vinte no final do repasto... ainda estou a sentir aquilo a queimar-me as entranhas), poderia dizer que o final de tarde no Cais foi excelente, poderia dizer que o jantar foi magnifico com conversas de deitar fora e outras para mais tarde recordar, poderia dizer que o momento em que o Sr. Engenheiro tira a máscara à sua Cat foi digno de uma película realizada por Clint Estwood, poderia dizer-vos tudo isso e muito mais…

Porém, opto por dizer que se as pessoas fazem os momentos e este sábado não foi excepção. Um dia memorável.

Felicidades ao Noivos!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

WC Ocupado

A vitória do Nelson Évora leva-me a falar de Atletismo. Se bem que tendo em conta o adiantar da hora (são neste preciso momento 23:23), o meu corpo já pede caminha e as minhas perninhas já deviam estar esticadinhas a descansar. Não obstante faço o esforço.

Mas afinal o que é a Marcha? Não consigo entender este desporto.

Não é andar e também não é correr. Se este desporto fosse uma ser humano, era definitivamente Hermafrodita. Mas um hermafrodita com dúvidas existenciais sérias, relativamente à questão de optar pela sexualidade masculina ou pela feminina.

Não consigo entender a ideia do (a) tipo(a) que inventou este desporto. Percebo a ideia da corrida, percebo até a ideia do lançamento do martelo (já que não o sabes usar atira-o para bem longe, senão magoas alguém). Mas a Marcha?

Será que o inventor da Marcha pensou: “Bora lá ver quem é que chegar primeiro à casa-de-banho, com o cú apertado, sem dar nas vistas? E não vale correr, nem tirar os pés do chão!” Muito provavelmente, assim nasceu este desporto. Um desporto criado a partir de um desarranjo intestinal, cujo principal objectivo era ver quem chegava primeiro à latrina sem grande aparato.

Em Portugal temos alguma tradição na Marcha. Mas nestes Jogos Olímpicos não fomos para além de um oitavo lugar. O que me leva a concluir que com um cozido à portuguesa, um ensopado de enguias, seguido de um pratinho de feijoada, trazíamos Ouro, Prata e Bronze.

Mas… e se estivesse ocupado?

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

'Tááárde...As Bóóólas...Vuuulva

De regresso à realidade laboral, após 15 dias de remanso deliberado levei algum tempo até conseguir habituar-me à ideia que lamentavelmente tenho que trabalhar para poder ter férias. As férias foram repletas de gargalhadas (muitas mesmo), pão, óptimos jantares e no meu caso particular, alguns acidentes (fui escalpado pela janela de uma Roulote, deixei metade do dedo grande do pé direito num passeio de Aljezur, enquanto procurava massa folhada, levei com a Maria Vinagre no sobrolho), ainda assim sobrevivi.

1
Estas férias ficaram também marcadas pela eloquência do Míudo Ruivo e pela capacidade absolutamente fantástica da criança absorver conceitos desprovidos de sentido e conteúdo inteligível, reflexo da audição das conversas dos adultos que o rodeavam. Para terem uma ideia, o Miúdo Ruivo não dizia “Bom Dia”, como as crianças normais. A sua saudação matinal era: ’Tááárde…As Bóóólasss…Vuuulva!
2 O início das férias teve lugar no Parque de Campismo do Sitava com a família mais (des)Funcional que conheço e por quem tenho um apreço interminável. Na ressaca do incidente na Quinta da Fonte, as semelhanças com uma família de ciganos nómadas eram por demais evidentes com esta família em cada viagem até à praia dos Aivados, tal era o aparato e a quantidade de acessórios de praia que carregavam. Entre os acessórios, podíamos encontrar uma prancha de surf, concebida talvez por Fernão Magalhães mesmo antes de ter chegado ao Rio de Janeiro, durante o sec. XVI. Mas flutuava…
3
Os dias que seguiram foram passados na Costa Vicentina, no Rogil. Com excepção do sistema de atendimento da Padaria do Rogil, que prevê que apenas um funcionário tenha acesso à caixa registadora e que os restantes, melhor dizendo, o restante funcionário dê conta dos pedidos dos clientes, gerando invariavelmente uma fila até à porta, a existência no Rogil foi pacífica.

Com o senhor Engenheiro e a sua noiva, as coisas correram como previstas, de forma perfeita. Aliás todos os dias, antes de nos deitar certificávamo-nos que tudo tinha corrido na perfeição, através de uma tabela feita em Excel onde marcávamos as coisas que tinham corrido de forma perfeita (a verde) e as coisas que tinham corrido bem (a azul). Foi também no Rogil, que descobrimos que a noiva do Sr. Engenheiro tem dotes que a podiam garantir um lugar num daqueles circos que denominavam de Freak Show, pois faz coisas sem paralelo com os dedos dos pés.

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Mas como o tempo passa depressa, não nos resta nada mais que relembrar com muita saudade as férias do verão de 2008.

Breve Legenda:

Imagem 1 - Pedaço da minha cabeça na Janela da Roulote
Imagem 2 - Miudo Ruiva saúda os presentes com a fomosa frase: ’Tááárde…As Bóóólasss…Vuuulva!
Imagem 3 - " A Familia"
Imagem 4 - Hang Loose (Foot Version)