segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Aos meus companheiros da Damasceno

Com os cumprimentos do Eládio Clímaco!

Foram tempos bons...

Hiato

As seguintes linhas são da inteira responsabilidade dos intervenientes:
Nos próximos dias estarei ausente deste espaço por motivo de mudança de instalações...
Até jazz..

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Dorme João Dorme

Passavam poucos minutos das três da manhã quando ouvi o estrondo que me deixou em sobressalto. Por momentos, pensei que estivesse a sonhar, porque ouvi um soterrado grito de auxílio, como se me chamassem de uma distância significante…O apelo, que roçou a imperceptibilidade, assemelhava-se ao som do comboio num dia de nevoeiro, abafado: “Alciiides…” – gritou ele. Era real e eu estava acordado.

Assustado, abro a porta do meu quarto e sou surpreendido pelo Gigante Holandês de quase dois metros que habita este condomínio privado, a esticar o seu longo braço num desabrigado gesto de amparo. Sangrava do sobrolho e a imagem era terrível. Volto a pensar que estava a sonhar e pergunto-me: “O que faz este gajo acocorado, às três da manhã, à porta do meu quarto com a cabeça aberta?”
Fomos assaltados e invadiram-nos a casa para nos levarem as loiças da Dinastia de Domingo? Descobriram que temos uma das maiores e mais bem guardadas colecções da filmografia do Van Damme e do Chuck Norris?

Foi então que vi que o Gigante Holandês tinha tido uma macacoa das antigas. No regresso de uma penosa ida ao WC, o pobre Gigante desfaleceu, caiu e abriu o sobrolho…Após alguns segundos recuperou a consciência e num esforço heróico conseguiu arrastar-se até ao meu quarto que fica a 150 cm de distância. É nessa altura que oiço o sumido: ”Alciiides...”

Ainda tenho a imagem da palidez da sua cara que contrastava com o sangue que lhe escorria do sobrolho. Não sei porquê mas faz-me lembrar cornettos de morango…

Chamei a ambulância e fomos prontamente acudidos. O Gigante Holandês foi devidamente socorrido e a ferida estancou.

Importa realçar um pormenor relevante neste relato. O nosso room-mate setubalense, com o barulho do tombo, o barulho que fiz a carregar um gajo com quase o dobro do meu tamanho para a sala que é COLADA ao seu quarto, o barulho dos enfermeiros do INEM, a Banda Filarmónica de Santa Iria da Azóia, a formação de percussão Tocá Rufar e os Tap Dogs…não ouviu rigorosamente nada.

No dia seguinte, apenas perguntou: “O que é que tens aí no olho pá?”

Companheiro, agora que estou de saída não te podes dar ao luxo de ter estas macacoas durante a noite…Tem-nas em pleno dia e com um aviso de dois dias de antecedência, senão jazerás à porta do quarto do nosso amigo setubalense.

"Alciiides..."

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Alerta Vermelho

Com a notícia da existência de dois paquistaneses ligados ao grupo Terrorista Al-Qaeda em solo português, o nível de alerta da população aumentou.

Todos nós temos conhecimento do profundo ódio que aquela organização nutre em relação ao Ocidente. Porém, este fim-de-semana fui confrontado com a assustadora noticia que este ódio pode estar direccionado para uma localidade em particular. A Vila Chã, ali perto do Barreiro.
A origem desta notícia poderia ter sido a Agência Lusa ou a France Press, mas não… É mesmo o meu irmão.

Aquando de um trajecto Barreiro -Terreiro do Paço num dos novos catamarãs da Soflusa, o meu irmão indagava-se se beberia ou não uma mini, quando vê um homem com um comportamento muito estranho que não é habitual ver nos passageiros do barco que faz a travessia do Tejo: (de salientar que este senhor tinha uma longa e farta barba e usava um turbante, motivo pelo qual a minha fonte assumiu que o Barreiro estaria em perigo) o senhor ouvia música num discman, walkman ou leitor mp3 e murmurava aquilo que, aparentemente, seria a letra de uma música. Comprometedor indeed.

Com este comportamento suicida o meu irmão começa a procurar, locais de esconderijo para o caso do cavalheiro pretender fazer-se explodir. Todavia e segundo a minha fonte a viagem não passou de uma visita de reconhecimento para um eventual atentando.

O racciocinio do meu irmão estava, de facto, correcto! Estudos efectuados apontam a Vila Chã como um dos centros empresariais mais influentes da Europa e do Mundo e um ataque da Al-Qaeda a esta localidade poderia colocar em risco toda a economia do Ocidente, com as Bolsas Nacionais e Internacionais a ressentirem-se drasticamente, os vôos dos aeroportos da Vila Chã seriam cancelados, originando o caos. As Seguradoras iriam ter suportar avultadas indemnizações, resultantes dos estragos de edificios de alta envergadura (o mais alto edificio da Vila Chã tem 3 andares) e de automoveis danificados (2 Renaults 4L que estão num ferro-velho nos arredores da pequena localidade).

Num eventual atentado à Vila Chã, estima-se que o número de baixas poderia chegar à unidade, pois existe um nonagenário em fase terminal, com severas complicações renais e instestinais que não suportaria o facto de ter que ir ver os jogos do União Desportiva de Vila Chã, ao estádio do Banheirense na Baixa da Banheira.

Perante este cenário dantesco, é oportuno estar em alerta vermelho!

domingo, 20 de janeiro de 2008

GPS Tech vs GPS Humano

Há coisas fantásticas não há? Pois há.

Há os muito em voga GPS, que entre outras funcionalidades nos permitem agora acordar de ressaca, entrar no carro e ir quase sem olhar para a estrada a receber indicações certeiras que nos levam direitinhos ao destino pretendido, sem praticamente termos de esforçar os neurónios nessas manhãs penosas ao raciocínio. Maravilhoso, muito útil, e até aqui sem queixas.


Mas depois existem os detalhes que não são tão agradáveis, e que são supostamente gerados somente em equipamentos deste tipo, resultado da programação e tecnologia em si. Pensava eu… Dá-se por vezes aquela situação de seguirmos um rumo alternativo ignorando as indicações dadas e em que o GPS automaticamente redefine automaticamente o melhor caminho alternativo. “Vire à direita daqui a 100m, à direita daqui a 50m, vire à direita, à direita, à direita…” …Ignoramos… “Siga em frente, agora siga em frente, agora… siga em frente”. JÁ PERCEBI!!! Ou seja, às vezes parece que encravam.


Foi neste ponto que me apercebi que afinal tenho amigos que já trazem de origem equipamento semelhante, que são dotados de um “radar” semelhante ao do GPS, mas que tal como nos GPS, chamemos-lhe Tech, também trazem uma espécie de “bug” que os faz encravar. Sucedeu aqui há uns tempos, numa vinda da praia, e em que às tantas o grupo faminto se dividiu por dois carros. Num dos veículos seguiam dois amigos com equipamento GPS a bordo, sendo que no meu seguia eu e o Master Alcides, que a partir daquele dia percebi estar equipado com o tal… GPS Humano.


Sou habitualmente fraco em orientação, é uma questão de paciência, admito, e nesse momento percebi que seria uma viagem maravilhosamente calma de fazer com base no GPS Humano que ía a meu lado. “Maravilha”, pensei eu. Seguíamos atrás do veículo equipado com GPS Tech, e desde logo percebi que o GPS Humano levava clara vantagem dadas as indicações aparentemente conhecedoras que o Master Alcides ía esboçando, com algumas indicações a serem acompanhadas com os braços acenando fora do vidro. “Epah, não era ali!”. “É na outra, na outra, na outraaaaaa”. “Contorna e vira para o outro lado, para o outro laaaaaadooooooo!!!”. Clara vantagem na orientação, mas associada ao “bug” que fazia com que metade de Lisboa percebesse que andávamos meio desorientados. Mas até aqui tudo bem.


Depois percebi que afinal esse não era o único “bug”, e que o GPS Humano também encravava sob o efeito da fome. Às tantas o GPS Humano dá a indicação “vira aqui há direita”, e entra no “bug” anteriormente reportado do GPS Tech: “aqui há o melhor bolo de chocolate do mundo, aqui há o melhor bolo de chocolate do mundo aqui há… aqui há…”, salivo de fome mas ignoro a indicação e sigo caminho, ao que o GPS Humano redefine a indicação: “…ali comem-se uns hambúrgueres maravilhosos, ali comem-se uns hambúrgueres maravilhosos, ali comem-se uns…”. Bug, claramente.


Concluí que quer sejam Tech ou Humanos, todo o tipo de equipamentos GPS têm vantagens associadas a inevitáveis bugs. Confesso que desde que adquiri o meu GPS Tech, que sinto falta do detalhe humano quando sigo nas minhas viagens. Consigo saber onde estão os bolos e hambúrgueres ali por perto, mas a fonte é genérica e não me permite saber fidedignamente se serão mesmo bons.


Mas pronto, como nem tudo são defeitos, há uma vantagem do GPS Tech que me dá um certo gozo utilizar e me permite entrar no mundo da fantasia. Troco a língua do dispositivo de português para espanhol, e a partir daí tudo muda de figura. Imagino uma artista porno sentada no banco ao lado, versão canal 18, e sigo recebendo indicações de uma voz sexy feminina: “Se hay calculado la rota”. “Ui ca bom”, penso eu mal me preparo para iniciar o trajecto. “En la segunda intersection, sigue al frente”, e lá sigo eu caminho, de sorriso no rosto e sempre respondendo com um “gracias chica”, ou com um “en la segunda sigo al frente? Oh, que placer”…


Boa Semana!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

13:30h

Muitos são os fumadores que contestam veementemente a nova Lei do Tabaco. Dizem que é uma Lei que os marginaliza. Porém, esta Lei tem tanto de marginalizadora como de casamenteira.

Não sei se têm reparado, mas as entradas dos edifícios onde estão sedeadas empresas e escritórios estão atolados de gente a consumir nicotina desenfreadamente, aproveitando os 15 minutos – entenda-se 15 cigarros – de pausa concedidos pelas suas entidades patronais para matar o vício.

Posto isto, questiono-me: o que vai acontecer ao fumador tímido, inseguro e acanhado, que o que mais queria era que não o chateassem e o deixassem consumir o seu maço de SG Gigante, sem perguntas, nem conversas triviais sobre o tempo, que pensa apenas em chegar a casa e descobrir como passar o próximo nível do Call of Duty? Eu respondo: vai ter que conviver com a boazona do Departamento de Marketing da empresa onde trabalha, pois a gaja fuma que se farta e gosta de uma boa conversa.

Esta Lei vai ajudar muito boa gente a desencalhar, arranjar engates, namoros e quem sabe casamentos.

A percentagem de fumadores vai aumentar substancialmente, pois todas aquelas pessoas menos dotadas física ou intelectualmente, de certeza que num quarteirão mais próximo ou mais longínquo, encontrarão (certamente) à entrada de qualquer prédio a sua cara-metade, porque passarão a fumar.

O dia de São Valentim e as Noivas de Santo António passarão a ser comemorados ao dia 1 de Janeiro (data a implementação da Lei). Santo António deixará de ter o bebé ao colo e passará a exibir um Puro...

Idas à discoteca e bares? Internet, hi5’s e afins? Qual quê! Casanova que se preze, já não sai à noite…A melhor hora para o engate passou a ser uma e meia da tarde.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Família Feliz

Este era suposto ter sido o post inicial, o que suscitou a entrada no CS, mas como se foram atropelando as ideias acabou por ir ficando para trás… mas mais vale à tardinha que na nuca!


Aconteceu numa ida ao cinema no Fórum Montijo, e em que por ter achado que o pacote XXL das pipocas não me contentaria acabei por jantar antes de ir ao cine. Mal sabia eu... Como aquilo estava cheio acabei por me sentar ao lado da mesa duma…chamemos-lhe Happy Family, uma versão techno moderno tuning de família trio maravilha, qualquer coisa assim. Foi uma situação daquelas em que esbugalhei os olhos, e fechei a boca pra não disparar a comida. Deixo um excerto do que me lembro se passou, tipo best of, porque aquilo era sempre a disparar…



Ela - … hehe, o teu Ipod mete bué de som na cena né amore?

Ele - Yá aquilo tem páí uns 70 gigas, é um mundo!

Filha – Já deves ter aquilo cheio Pai...

Ele – Ahah, atão aquilo deve ter páí ainda uns 80 gigas de reserva!!!

Filha - mas se só cabem 70…

Ele – …80 é como quem diz, tem bués!


Ela – Sabes da maior amor, sabes? Tive a ver o Ipod da minha chefe que ela deixou no horário de almoço (nada cusca), e aquilo tá tudo desorganizado, nem tem géneros, nem o tipo de música… Se eu lhe dissesse que o meu homem tem tudo organizado, ela ficava maluca, não é amorinho?

Ele – Aimmm! Ganda maluca, como é que ela ouve musica?

Filha – Deve pôr no play… (pra mim ganhou)

Ela – Pois foi o que eu pensei, não sei como…

Ele – Eu tenho por géneros, estilo, maneira, autor, tipo, metal, rock, pop, mega metal, mega rock, mega pop…


3ª:

Ela – Vá engole isso senão enfio-te pela boca abaixo!

Fillha – E eu vomito!

Ele- Ai… e depois comes do chão!

Filha – e eu vomito pró prato!

Ele – Come lá isso pra tapar o buraco do dente, vá!

Filha – …é mazé pra tapar o buraco onde ficou o buraco do dente, dói bués arrancar dentes se eu soubesse… Agora só arranco outro daqui a 2022 anos (?)



Ela – Eu é que queria um…

Ele – Deixa lá que eu dou-te o outro Ipod...

Filha – E eu?

Ela – Tu cala-te. Mas tb não preciso de muito espaço, só para umas musicas…

Ele – Pois, mas eu tenho bué som, assim tipo som mesmo à frente, tenho lá uns álbuns dos Scorpióóms, uns D’áiromMaiden e Milôff (deduzo que fosse Meat Loaf), sei lá, são tantos!


Resultado, quem me visse a comer deve ter pensado que eu estava a detestar a comida, porque me torci todo pra não mandar a comida boca fora… Vivam os Fóruns, vivam as Happy Familys.


PS: E não, não é por ser no Fórum Montijo e por supostamente só lá se apanhar malta do género. Dois dias depois fui ao cine às Amoreiras, e fui à bela sala VIP. Berro da fila atrás mal deu a primeira cena de acção “AAAIIIIMMMM CHÁÁÁÁÁÁÁVVVVVAAAAAAAALLLLLLL!!!!”. Devia ser o namorado da filha de alguma Happy Family, só pode…

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

domingo, 13 de janeiro de 2008

Rent-A-Beer

Estás num bar. A música está boa, a conversa flui e acabaste de beber uma cerveja que pagaste dois euros por ela. 90 Segundos depois de a terminares, dá-te uma vontade incontrolável de ires ao wc…Vais ao wc. Urinas a cerveja que acabaste de comprar. Voltas ao bar e pedes mais uma cerveja. Volvidos alguns minutos, nova ida ao wc. Mais dois euros levados pela descarga do autoclismo.

O conceito de Bebida de Alguer não é novo, porém nunca passou de uma teoria. Após umas urinadelas dispendiosas, originadas pela ingestão voluntária de cerveja, dei-me conta da quantidade de dinheiro que vai, literalmente, pelo cano.

Ora bem, partindo deste pressuposto, julgo que seria menos dispendioso, sensato e também ecológico a abertura de um ou até mesmo vários estabelecimentos comerciais que incentivassem a reutilização de Urina e consequentemente a poupança de alguns trocos. Tenho conhecimento de um sistema portátil de purificação de água denominado Lifestraw, que elimina praticamente todos os vírus e bactérias tornando a água suja e contaminada em água potável. Tendo como base esta invenção a questão de beber cerveja e urinar logo de seguida poderia ser ultrapassada.

O espaço comercial disponibilizaria, à entrada, uma palhinha para utilização sempre que o cliente precisasse de ir ao wc e como que por alquimia transformava urina em cerveja.

O bar chamar-se-ia Rent-A-Beer e estariam todos convidados a vir beber a vossa urina.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Dúvida


Será que se eu cantar a música da Rhianna (Umbrella) dentro de casa dá azar?!

Patetices...

Ele há tradições perfeitamente patetas.

Que tal proporcionarmos a um grupo indeterminado de crianças a possibilidade, de durante um dia, poderem desfrutar das vivências de um viciado em nicotina?

Nada melhor como ter no organismo de uma criança, ainda que por um dia, substancias como a nicotina, o alcatrão, o monóxido de carbono e toda a uma panóplia de agentes cancerígenos que a bem de uma tradição perfeitamente pateta, podem ser consumidos a um ritmo vertiginoso. Acho que deviam também oferecer uns whiskys e umas cervejas aos míudos, para apreciarem como deve ser esta experiência única e saudável.

Existem relatos (do autarca da pequena localidade) que dá conta de crianças com menos de cinco anos que, por estes dias, têm autorização para fumar. Mas neste caso, como ainda estão em fase de crescimento, “o mal... é menor”.

De maneira alguma quero que pensem que estou a ser retrógrado, mas o Tabaco mata e mata muito. Tive a oportunidade de ver um miúdo que mostrava orgulhosamente um maço de Camel quase vazio e que dizia, brioso, que o tinha comprado há cerca de uma hora. Todavia, a imagem que mais me marcou, foi a de uma senhora, no alto dos seus sessenta anos, a dar lume a uma criança.

Cara Senhora (porque sei que esta senhora é leitora deste blog) eis algumas doenças que matam fumadores, que muito provavelmente começaram a fumar por alturas das comemorações da Festa dos Reis em Vale Salgueiro: cancro dos pulmões, da laringe, da boca e também do esófago.

Mas talvez, na idílica localidade de Vale Salgueiro, da mesma forma que dão tabaco às crianças, talvez pensem que o Cancro pode ser curado com Aspegic. Lamento informar-vos, mas o Aspegic serve para dores de cabeça, constipações e afins e quem tem cancro normalmente…morre.

Mas como a tradição já não é o que era, pode ser que qualquer dia tenhamos uma festa que incentive a contaminação do HIV…a bem da preservação da Tradição é claro!

domingo, 6 de janeiro de 2008

Tendências

Existem coisas que as pessoas fazem que me deixam verdadeiramente perplexo. Uma delas é a ridicularização dos animais. E quando falo na ridicularização dos animais refiro-me mais especificamente às fatiotas que alguns iluminados vestem os seus cães.

A Natureza dotou os cães de pelo por algum motivo e a sua capacidade de suportar o frio é totalmente diferente da nossa. Assim, seguindo a lógica de agasalhar os animais no Inverno, seria aparentemente normal que no Verão se usasse um protector factor 60 no focinho do cão e um factor 12 no seu torso. Na época estival sugere-se a utilização de tons brancos para realçar o bronzeado canídeo. Todavia, julgo que algumas pessoas não entendem as leis da Natureza da mesma forma que eu e fazem questão que trajar os pobres animais com roupas de bradar aos céus.

Mas o fundamento deste texto nada tem a ver com cães ou roupa de cães. Mencionei as roupas de cães para que possam estabelecer um paralelismo com o que se segue.

Ontem ao jantar, reparei que a namorada do Déspota Holandês (meu room-mate), tinha um maço de tabaco envolvido com uma daquelas meias que normalmente são usadas para protecção dos telemóveis ou para qualquer outro gadget que tenha aquelas dimensões.

Não percebendo a finalidade do maço de tabaco envolvido na meia, questionei se seria para manter o maço de tabaco quentinho, pois com o frio que está aí temos que nos aconchegar. E não é suficiente vestirmos uma camisola interior e pôr o cachecol, há também a necessidade de aquecermos outras partes do nosso corpo, como…o maço de tabaco.

A resposta apresentada para a indumentária do seu Camel Blue, prende-se com o facto de evitar que os mesmos se espalhem pela mala…Não fiquei convencido e penso que a namorada do Déspota Holandês, se prepara para criar uma linha de roupa para maços de tabaco, pois agora com a nova lei vão passar muito mais tempo na rua e há que torna-los fashion.

Classificados

Como a velha máxima que diz Ano Novo Vida Nova, uma máxima tão certeira como Chuva em Novembro Natal em Dezembro, informo que procuro casa para alugar no centro de Lisboa.

Portantos, se souberem de alguma coisa, avisem.

Obrigados.

2008

De volta após o interregno festivo, informo que deixei de aceitar votos de bom ano desde ontem, dia 05 de Janeiro.

Já tenho a minha conta e irrita-me solenemente o facto das pessoas, após serem mal-educadas, rudes, arrogantes, insolentes e estúpidas, tem a lata de terminar com o incomodativo “Já agora um Bom Ano…”

Só me apetece dizer: “Lamento informa-lo (a), mas atingi o número máximo de recebimento de votos de bom ano. O seu será devolvido à precedência.”