sexta-feira, 29 de junho de 2007

Bom Dia Maravilha!

Depois de ter ido comprar o meu passe-social, numa papelaria aqui da Graça (em que descobri que o L123 custa 50,50€), dirigi-me ao Multibanco para fazer uns pagamentos e transferências. Posteriormente, vou ao quiosque onde compro habitualmente o Jornal e encaminho-me para a padaria para comprar pão.

O relógio não marca mais de 8h35 e a manhã está bastante agradável e tudo corre normalmente.

Subitamente, sou violentamente abalroado por um grito vindo das entranhas de uma mulher (aparentemente) disfuncional, pois ninguém grita daquela forma tão cedo.

Os transeuntes, que àquela hora estavam na Rua da Graça, olharam para o automóvel de onde o grito tinha sido emitido, com uma expressão de susto e incompreensão.

Olho… e era a minha amiga Su que me dava os Bons Dias de uma maneira no mínimo sui géneris.

PS – Tomei a liberdade de usar como título para este pequeno relato, uma corrente literária criada no decorrer deste século, por um artista surfista que às vezes parece autista e talvez já tenha fumado alpista e parte bué na pista (chega de palavras acabadas em ista!!!)

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Prémio

Ao que parece fui premiado .
Obrigado Pelicano...

10 "Desblogueadores" de Conversas de Xaxa

Sabias que já tive Varicela??

O Passe-Social vai aumentar! - E se a conversa estiver a ser mesmo aborrecida não se acanhem e lancem:

O L123 só dá até ao Penteado!

Já fizeste o Recenseamento Militar?

Beliscar faz Cancro!

Sabes a como é que tá o quilo da Cereja do Fundão?

Comprei no Lidl!

Acho que vou ter que começar a usar óculos…Ando cheio de dores de cabeça!

Gostava tanto de ser Pastor.

Acho que isso é culturalmente tendencioso.

O César faz Anos Hoje!!!

PARABÉNS!!!!

SIGLAS

Durante o dia de ontem, a comunicação social fez questão de noticiar uma gaffe de um candidato à Câmara de Lisboa. Assim decidi prestar o meu apoio a tal candidato com a enumeração de algumas siglas que poderão, eventualmente, ser-lhe úteis.

EPAL – Empresa Portuguesa das Aguas Livres

EPUL – Empresa Publica de Urbanização de Lisboa

IPPAR – Instituto Português do Património Arquitectónico

FAMEL – Foda-se a Mota é Linda

FIAT – Federação Internacional dos Alérgicos ao Trabalho

MAB – Movimento Anti-Beto

TAF – Tentativa de Aborto Falhado

SAGRES – Só Agora Governo Resolveu Enterrar Savimbi

ETA – da famosa anedota do:”Eta é pa ti e Eta é pa mim!”

DEF - Tecla n.º 3 de qualquer telemóvel



terça-feira, 26 de junho de 2007

Diz-me o que lês dir-te-ei com quem andas

A blogosfera tem disto…Estava eu descansado a ler um post do caro amigo Pelicano e eis que me vejo num desafio em que tenho que enumerar os últimos cinco livros que li…Pois cá vai. Esta lista não respeita qualquer ordem temporal…É anarca.

Como que um presságio, li a Metamorfose, sem saber que alguns meses mais tarde iria a Praga ver tudo o que era sítios onde Kafka, tinha passado ou vivido. A propósito de Franz Kafka, já imaginaram um co-produção cinematográfica entre ele e o David Lynch, com banda sonora de Jefferson’s Airplane e Tricky? Tragam os ácidos por favor.

Por alturas do meu aniversário a minha Bicha ofereceu-me o Kafka à Beira-Mar, um livro de Haruki Murakami, uma espécie de conto-mosaico onde as histórias se cruzam…Vale muito pelas referências sócio-culturais nipónicas. Mas continuo a não gostar de sushi...Sorry…

Sempre que posso leio e releio as histórias de Edward Gorey. Um pequeno livro de histórias macabras e sinistras, acompanhadas dos desenhos sempre magníficos do próprio. Recomendo: The Doubtful Guest; The Epiplectic Bike e o fantástico The Loathsome Couple.

Há pouco tempo também li o Budapeste do Chico Buarque…É simpático, mas prefiro ouvi-lo cantar que ouvi-lo escrever…

Actualmente leio o Para ler o Pato Donald de Ariel Dorfman e Armand Mattelart. Um livro que conspira sobre Walt Disney e sua a tentativa de subverter as crianças através de mensagens subliminares. Porém, este livro levanta algumas questões curiosas…Já reparam que nestes livros de quadradinhos não há nenhum vínculo familiar directo nas histórias de Pato Donald e Companhia? Todos são tios ou sobrinhos de alguém. Este livro foi-me gentilmente cedido pelo Déspota.

Presumo que até ao final do Verão vou acabar de ler o Jardim do Éden, do Hemingway ...e para comemorar bebo uma Perrier.

Bom, cá está a lista…deixo o repto a toda a gente que quiser partilhar as suas leituras, desde a revista Maria ao Corão.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Novo Código da Estrada


Mensagem deixada por um condutor irritado com o estacionamento da Namorada do Déspota.

Prima pela simpatia e pelo decoro.

Da autoria do amigo Spock...

sergei disse...
:D

Opah, que mais há a dizer destes teus relatos? Dominas e pronto, hehe!!!

Hmmm...a Feira da Ladra, esse belo local de comércio...largo período em que lá me deslocava arrastando comigo amigos e amigas que nunca se imaginariam por lá, a passarem por aqueles momentos caricatos próprios do local e acentuados pela emoção da idade (apesar que este team não variou muito com a idade, mas assim cobre-se um publico mais abrangente... hmmm por falar em cobrir... :P ...pronto, já me calei).

As histórias ali geradas foram várias, mas recordo especialmente uma em que após ter partido da bela Moita acompanhado do meu companheiro de venda (ele não vendia, tomava às 6 da matina o seu pequeno almoço de dois sacos de gomas na viagem de comboio, mamava a tablete de chocolate no barco, gozava com a malta que ía comprar à minha "banca", e passeava o resto da manhã pela Ladra), e após um curto período de vendas, às tantas e como nunca antes tinha acontecido o fiscal apareceu e após receber a já habitual resposta dada por toda a gente ali ("Licença? Não sabia, sou estudante, é a primeira vez que cá venho e tal...") proferiu um seco "acompanhem-me". Senti o que como descreveria na perfeição o Artur Albarran: "O Pânico.", "O Medo.", "A tragédia."

Já me via em calabouços, com malta mal encarada a galar-me o olho verde enquanto maquiavelicamente pensavam noutro, a passar por criminoso que teria de ser torturado até revelar onde tinha conseguido aqueles boxers das vaquinhas que tinha à venda...

Afinal, e após irmos de livre vontade e sem grande alarido (exceptuando os óbvios "deixe-nos ir, nunca mais fazemos isto..")atrás do fiscal e escoltados ao longe pelos agentes da autoridade, o destino era o gabinete do fiscal que era dentro da praça, o que se de inicio nos acalmou, mal ele abriu a porta e nos deparámos com um armazém apinhado de mochilas confiscadas prontamente gerou o pânico e definiu uma evidência: que eu ía ficar sem os meus benzinhos todos.

Alongo-me sempre, detalho demais, mas quem me conhece já sabe como é...bora lá à continuação da novela :P

Só vos digo que me (nos) foi apresentada a proposta de pagar uma multa (largamente superior ao que eu vendia), ou serem apreendidos os bens (o que também não me agradava nada dado necessitar da guitarola).

Surge o pedido dos cartões de identificação, e no meio das lamúrias, entrego o meu cartão do Politécnico abanando a cabeça ainda não crendo no que me estava a acontecer... "Ai! Vocês estudam no Politécnico de Setubal?"

As vozes angelicais ecoaram, ouvi passarinhos, o Sol brilhou de outra forma pelas janelas, os meus olhos viram o Senhor, a luz surgiu diante de mim, se me dessem água aquilo viraria tintol Formosinho num instantinho. "Sim estudamos...", respondi como quem não quer a coisa.

"Hmmm...anda lá,o meu sobrinho" disse ele esboçando um principio de sorriso que imediatamente associei ao facto do tal sobrinho lhe gerar boas recordações.

"Ai estuda?", soltei eu num acto próprio do desepero dum tangas estilo Toni&Zézé.

"Sim o Tó está lá num curso...", nem dei tempo dele acabar a frase. "AIIIIM O TÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓ!!!", ao que o fiscal ainda balbuciou um "mas conhecem-no?" ao que o meu companheiro ao esbugalhar os olhos sem perceber quem seria tal personagem, levou um pontapé tal que o fez berrar (literalmente) ainda mais alto que eu um "ATÃO O TÓÓÓÓÓÓOÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓ!!!!".

Resumindo, deixou-nos seguir caminho, sob promessa de tratar da licença, e mandar um abraço ao sobrinho Tó. Há dias felizes na Ladra. :)

Remédio santo, tratei logo da licença do meu espacinho, e lá passei pelo penoso processo da legalização da minha actividade. Mesmo que tenha sido somente para descobrir que onde se fazia negócio relevante era onde se vendia sem licença. Até ali se aplica a regra, se damos uma de cumpridores acabam todos por nos passar à frente, e fazem bastante mais guita que nós, hehe...

Pouco tempo depois desliguei-me da coisa, foi-se a pica da venda, a adrenalina similar à dos tubos...mesmo que tenha sido no formato dum fiscal e dois polícias.


PS: Tó, onde quer que estejas (e sejas) fica aqui um grande bem haja, e vê lá se ligas ao teu Tio porque ele tem saudades tuas. ;)



Abração, S do P do ock

SIMPLEX

Como todos nós sabemos, a Burocracia ocupa um lugar de especial relevo na nossa sociedade. Hoje em dia, para qualquer situação, é necessário: um impresso, uma minuta, uma fotocópia do Bilhete de Identidade ou do Numero de Identificação Fiscal. Há depois os comprovativos de morada, que não pode ser um qualquer documento enviado para morada onde residimos…Tem que ser certificado.

Por exemplo, vender na Feira da Ladra......Porque é que não é permitida a venda de todo o tipo de bujigangas(desde cuecas usadas a Spectrum’s) sem a necessidade de tamanha burocracia?

Atentem no processo de inscrição para a atribuição da concessão de um lugar no Campo de Santa Clara:

“(...)Devem os interessados pedir a sua inscrição, mediante requerimento dirigido ao Presidente da Câmara com indicação clara dos artigos cuja venda se pretende, se os mesmos são novos ou usados e do número e identificação dos empregados, se os houver; os candidatos devem apresentar o cartão de contribuinte e os documentos comprovativos do cumprimento das obrigações fiscais.”

Suspeito que na Feira da Ladra, há lá uma rapaziada que não me parece que tenha as obrigações fiscais em dia…

Ora, este tipo de burocracia pode originar situações caricatas…Como o caso da minha colega, que para a finalização de um processo de subscrição de uma aplicação financeira solicitou ao Sr. Alfredo o envio (por fax) da fotocópia do seu Bilhete de Identidade. Pouco depois, recebeu a mesma, mas totalmente ilegível. A folha tinha um borrão preto de alto a baixo.

Dada a impossibilidade de se retirar qualquer dado minimamente perceptível, a diligente colega telefonou ao Sr. Alfredo:

- Sr. Alfredo daqui fala a Cátia, nós acabámos de falar agora há pouco…Recorda-se?
- Sim sim…Recebeu o meu fax?
- Sim e é exactamente por isso que lhe ligo…Acontece que o fax está ilegível…Está todo Preto!

Enorme silêncio.

- Sr. Alfredo? insiste a Cátia para se assegurar que a ligação não teria sido interrompida.

- Desculpe D. Cátia, Eu Sou Preto!!!

Escusado será dizer que por momentos, a Cátia ficou sem saber o que dizer, mas lá conseguiu contornar a situação e recebeu um fax legível.

Menos Papel = Menos Burocracia.

sábado, 23 de junho de 2007

Coisas Simples

Hugo The Chicken ligou-me perguntando-me se sabia da localização de um restaurante de nome Fondue, no Bairro Alto. Desconhecendo o sitio, naturalmente respondo que não…

Pouco depois, recebo outro telefonema no qual The Chicken rectificava a informação anteriormente prestada, indicando que a pessoa que lhe recomendara o Restaurante não dominava a língua inglesa e que o restaurante se pronunciava Found You(www.foundyou.com.pt) e não Fondue, tornando-se então tudo mais claro para mim, ao que respondo: Ahhhhhh…Found You!

Também não sei onde fica.

Moral da história: Se não sabes falar estrangeiro, come antes uma bifana e bebe uma mini numa tasca qualquer.

Non Sense

Porque é que as Manteigas não entram nas Discotecas?


.... Porque são barradas à entrada!

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Futebolês

Sou da opinião que ao invés de passarem um mês no Algarve, a maioria dos jogadores de futebol deveria, durante o seu período de férias, atender à Escola de Verão e ao curso de Cultura Geral. A previsibilidade de frases como: “Vamos continuar a trabalhar e agora temos é que pensar no próximo encontro” ou “ O importante foram os três pontos e quero continuar a contribuir para o sucesso da equipa”, retira todo o entusiasmo que envolve as flash inteviews e o facto de falarem na 3ª pessoa torna as suas afirmações impessoais.

A ideia de um curso de Cultura Geral, leccionado pelo Professor Marcelo Rebelo de Sousa, parece-me muito bem. O Plano de Estudos, abrangeria temas tão diversos como Geografia Mundial, Musica, Política, Relações Internacionais e Literatura. No final, a aprovação (sim porque ninguém chumbava) seria feita com uma espécie de Exame Ad-Hoc, com possibilidade de consulta de um livro de apoio, onde as estariam todas as respostas, distribuídas de forma aleatória e com uma pergunta de desenvolvimento onde teriam apenas de decorar 3 ou 4 linhas.

Assim, não só seriam um exemplo para as gerações vindouras como um veículo de transmissão de conhecimentos.

Já estou a imaginar o Cristiano Ronaldo a responder a uma pergunta sobre um jogo que a sua equipa tinha perdido: “Como Aleksei, em O Jogador, de Fiódor Dostoievsky, existiu neste jogo uma fase em que estivemos bastante instáveis o que acabou por se revelar fatal. Porém, não vamos tirar conclusões precipitadas sobre este resultado e como dizia Aristóteles: “Precisamos analisar o todo para depois, compreendermos as partes.”

Ou então o eloquente Quaresma a comentar a sua transferência para uma grande clube Europeu: "Como diria Confúcio: Escolha um trabalho que ame e não terá de trabalhar um único dia em sua vida. É assim, que vejo o Futebol, um dom e não um trabalho, daí a minha satisfação em jogar "

Fica a ideia.

Despeço-me com uma lista de frases da autoria desse Ícone do relato futebolístico, Gabriel Alves, que são uma lufada de ar fresco, relativamente às insípidas afirmações dos jogadores:

A descrição do jogador Jean-Pierre Papin:

" Jean-Pierre Papin, um jogador extremamente rápido, veloz, lesto, nada lento, antes pelo contrário"

Na cerimónia de abertura do mundial de Espanha:

" E agora entram as danças sevilhanas da Catalunha"

Durante um jogo do Brasil no Mundial de 94:

"Romário... um jogador baixo, possante, possuidor de um grande... Perdão! De um baixo centro de gravidade, pelo que roda muito bem sobre si, e tem grande estabilidade nas curvas..."

Movimento Literário:

E se substituíssemos o LOL – Laughing Out Loud por RAG – Rir À Gargalhada?

terça-feira, 19 de junho de 2007

Mary Full of Grace

Quando a Mary tombou no chão da sala, o barulho ouviu no prédio todo. Não era (e friso o pretérito do verbo, porque actualmente É) uma figura delgada, logo, o estrondo foi alarmante.

Éramos cinco lá em casa. Eu era o único rapaz, mas nem por isso o elo mais forte. Era nitidamente uma sociedade matriarcal, aquela em que eu vivia em Castelo Branco.

Mas no dia do apagão (chamemos-lhe assim) da Mary, todas elas desataram a chorar ao vê-la no chão a revirar os olhos, como que se em transe. Confesso que ver a Mary no chão, só com o branco dos olhos à mostra, meteu-me um bocadinho de medo e também me apeteceu chorar…

Bateram à porta do meu quarto para acudir a pobre aveirense, no entanto a dificuldade em pronunciar duas sílabas revelou-se um entrave à comunicação. Dirigi-me à sala e parecia que estava perante Emily Rose do filme o Exorcista. A Mary estava a experienciar uma convulsão, causada por má alimentação, uma noite de copos com muitos lasers e poucas horas de sono.

A Mary ia e vinha deste Mundo para o outro…Aproveitei para lhe dar umas boas bofetadas (em sinal de vingança mesquinha por me desmontar a cama e meter açúcar nos lençóis) mas sempre com o intuito de a reanimar…Soube tão bem!!É então que a vejo a enrolar a língua. Pensei: bem, ela vai engolir a língua e estamos livres desta matraca! Mas as minhas colegas (Natas, Luísa e Sónia) disseram-me que podia ser perigoso. Tive a infeliz ideia de colocar os dedos na boca na sua boca…

Aquilo que eu via como uma convulsão, transformou-se num acto de puro canibalismo. Por muito pouco, não ficava sem indicador e anelar…Mas revelou-se eficaz.

Enquanto os bombeiros não chegavam, aproveitamos todos para descarregar algum stress escolar, esbofeteando a pobre Mary, que de vez em quando abria os olhos e lançava-nos um olhar assustador. Uma coisa realmente estranha...

O mesmo não aconteceu quando acordou e viu três bombeiros à sua volta. Subitamente, o olhar que anteriormente era sinistro e ameaçador desaparecera por completo, dando lugar a um olhar de luxúria, lascívia e sensualidade…

Os bombeiros estranharam, mas depois houve até um deles que deu o n.º de telefone à Mary. Foi chão que não deu uvas.

Nesse ano lectivo, teve mais uma schlik e desde então tem passado bastante bem.

A Mary vive actualmente nos States e nos dias de folga vai ver espectáculos da Ana Malhoa.

domingo, 17 de junho de 2007

Mecenato

Com um volume de receitas que ascende a mais de um Milhão de Euros, as contas do CDS, foram alvos de uma investigação da Policia Judiciária. Porém e como quem não deve não teme, foram apresentados alguns recibos com os nomes dos militantes mecenas.

É sabido que durante a coligação PSD/CDS, haviam alguns Ministros do Partido Democrata Cristão e esta polémica é levantada por isso mesmo, uma vez que esses mesmos ministros teriam aprovado um empreendimento turístico, sobre a alçada de um grande grupo financeiro (o BES) e que em troca disso, a conta do partido ganhava uns mais uns euritos, como sinal de agradecimento. Mas esperem…Isto não é ilegal??

Não, porque os recibos com os nomes provam precisamente o contrário. E então, aqui ficam alguns nomes:

  • Jacinto Leite Capelo Rego
  • Paulo Vou Branquear os Dentes e Bronzear o Meu Corpinho Danone Pó Brasil
  • Telmo Vou de Férias Pás Maldivas
  • João Vou Passear à Marina de Vilamoura Com o Meu Porsche Novo
  • Lourenço Já Comprei Casa no Brasil
  • Zé Maria O Meu PPR Tem Duzentos e Cinquenta Mil e o Teu?
  • Martim Já Viste o Meu Barquinho Novo?


Acho injusto acusar estes beneméritos. Injusto!

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Lágrimas de Ferro

Não sou uma pessoa de chorar…Não gosto de chorar. Prefiro transpirar…Penso que no fundo se resumem a actos semelhantes, ou seja, verter água por buracos. E existem formas de transpirar bastante agradáveis…falo de um bom jogging à beira-mar…Não de sexo selvagem!!Isso pode fazer mal ao coração…

Contudo, não resisto a contar uma história em que me vi em papos de aranha e tive que chorar. Era inevitável e não tive forças para combater não só a vergonha de ser vexado em publico bem como para impedir que as lágrimas caíssem de forma ininterrupta.

Durante a nossa infância (e aqui refiro-me à geração de pós 75, que passava mais tempo na rua a brincar, nos tempos em que se tinha três meses de férias de Verão) os nossos sapatos duravam muito pouco. Cálculo que com raparigas a coisa funcionasse de outra forma, mas com os rapazes e especialmente um rapaz irrequieto com eu, que jogava à bola de manhã à noite, o Orçamento lá de casa não chegava para comprar ténis numa base mensal.

É então, que numa reunião de amigos, em casa do irmão do Agente da Autoridade que Vive em Pecado com a Professora de Matemática (AAVPPM), o meu querido Irmão resolve arranjar uma solução para as derrapagens orçamentais lá de casa, devido à minha inigualável capacidade de dar cabo dos sapatos.

Acontece que o pai do AAVPPM era espingardeiro, mas tinha uma aptidão fabulosa para trabalhar o ferro. Ora, o meu irmão decide questionar o Sr. Dias da possibilidade de me fazer uns Sapatos em Ferro, não se esquecendo do meu conforto, providenciando uma dobradiça na ponta do Sapato de Ferro para a mobilidade dos dedos dos pés. Ainda hoje oiço o eco das gargalhadas dos seus amigos…Larguei a chorar…

Por compaixão, o Pai do AAVPPM, resolve não levar a ideia adiante, porém a estratégia do meu irmão resultou na perfeição, pois o medo que me assolava em ter que calçar uns sapatos de ferro, fez com que tivesse um pouco mais cuidado com sapatos...Passaram a durar cerca de um mês e meio.

Por outro lado, se tivesse os Sapatos de Ferro teria dado cabo do Irdas!

quinta-feira, 14 de junho de 2007

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Promessas e Intenções

Em textos anteriores, mencionei o facto da Igreja Católica estar a modernizar-se, mais exactamente com o envio de SMS’s aos devotos seguidores da Doutrina Cristã (ler Post Progresso de Abril).

Tenho a perfeita noção de que vivemos na era da informação e cada vez mais a ideia de Aldeia Global vai deixar de ser uma utopia. Com a Internet temos tudo à distancia de um click. Mas existem limites…digo eu.

Fiquei perfeitamente siderado com um site que tomei conhecimento e suas “iniciativas”. Espantem-se: http://www.fatimashop.pt . Não não se trata de um site onde se comercializa material para aguçar as vidas sexuais mais cinzentas, nem tão pouco um site de acompanhantes…Pelo contrário. É talvez o site mais beato que conheço. Trata-se do site de Fátima – O Santuário.

“A Equipa da FátimaShop depositará no cremador de cera do Santuário de Fátima, no espaço de 48 horas, as velas ou figuras de cera, em seu nome, pelas Intenções que nelas depositar. O valor do Serviço é fixo independentemente da quantidade dos artigos escolhidos.

A forma de encomendar é simples, prática e segura. Se é a primeira vez que está a fazer compras na Fátima Shop, clique
aqui para ficar a conhecer os métodos de pagamento disponíveis no nosso site.”

É desta forma inovadora e permitam-se absurda, que os cristãos, sem terem de dar o corpo ao manifesto podem pagar as suas promessas.

O próximo passo será um Confessionário Online, através de um Webchat, onde um Pároco com elevadas aptidões informáticas tecla com os católicos cibernautas…

Mulher Católica: - Oi... alg pa tc?
Pároco: - Oi dix aí os teus pecados…
Mulher CatólicaEh pah…ontem traí o meu marido
Pároco: - Ganda cena…Isso é uma beca fatela…Já te exkexeste dos votos matrimoniais?
Mulher Católica: Népia!
Pároco: - Então lembrax-te das dicas…?Juraxte Fidelidade!Por isso vaix ter k rezar 150 Avé Marias e 300 Paix Nossos…Vá baza..
Mulher Católica: - Éx 1 Fixolas.
Pároco: - Ya tá-se!

Só é pena que o uso do Preservativo e a ideia de prevenir doenças sexualmente transmissíveis não seja uma prioridade no processo de Modernização da Igreja Católica.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Choque Tecnológico


No passado dia 08 de Junho cheguei à conclusão que estou a ficar velho.
O que anteriomente era sinal de irreverência e rebeldia, é hoje sinónimo de “Mais Velho…” Pois é, de acordo com a informação veiculada pela imprensa, o concerto de Pearl Jam era destinado aos mais velhos sendo que os Jovens iriam ao rubro com os Linking Park, ou como dizia um dos muitos espanhóis presentes neste Festival, Los LikinPáh.

Certo é que, que os festivaleiros que envergavam as t-shirt's do grupo de Seattle eram de facto os mais velhotes…

Lo concierto de Los LikinPáh, era destinado à geração Morangos com Açucar, representada por um grupo de miudas histéricas e estridentes que fizeram com que a minha audição ficasse afectada durante dois dias, com os berros que davam aquando da perfomance da Banda. Tirámos muitas fotografias às miudas.

Havia muitos sitios para comer, desde a Telepizza a um stand que tinha grandes nacos de carne congelada a ser cozinhada em azeite…a imagem não é a melhor, mas sabia bem..Tirámos algumas fotografias.

Cerveja, essa, havia em vários sitios e em vários tamanhos…Tirámos muitas fotografias a brindar.

Às 23h45 sobem ao palco os Pearl Jam…Não descrevo o concerto porque, uma vez mais, foram irrepreensíveis. No entanto, posso descrever-vos o que passei para obter as melhores fotos.

Suor, mau hálito, corpos transpirados, perdigotos, empurrões, cotoveladas…Superei tudo isso e que belas fotos tirei eu...

No dia seguinte, sem querer, formatei o cartão!


sexta-feira, 8 de junho de 2007

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Catarina a Grande (Queda)

E eis que subitamente a vimos no chão do Santiago Alquimista…

A noite era de rock, Grunge para ser mais preciso.

Sound Garden, Stone Temple Pilots, Pearl Jam, Nirvana, Alice in Chains, Temple of the Dog, Smashing Pumpkins e eis que o DJ se lembra de Rage Against the Machine com o tema “Killing in the name of..”

Tal qual uma meia atirada para uma máquina de lavar em pleno momento de centrifugação, Catarina a Grande dá dois pulos e em menos de nada encontra-se de prostrada no chão cervejoso do Santiago Alquimista com treze braços predispostos a ajudá-la a levantar-se…

Talvez uma das mais caricatas quedas da história das pistas de dança…Porém, depois de longamente debatidas as causas da queda, estamos perante um enigma, pois tão depressa a vemos vibrar com o tema escolhido pelo Disc Jockey, como a vemos no azulejo molhado a pedir auxilio para se elevar à sua condição de bípede.

São 4h51…e a Catarina é a Rainha da Aldeia dela!

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Força Destruidora

Gostaria de partilhar uma dolorosa experiência Carnavalesca passada há muito tempo atrás, no Bairro da Prumo, vivida por mim e pelo Agente da Autoridade que Vive em Pecado com a Professora de Matemática (AAVPPM).

Aconteceu provavelmente no início dos anos noventa. Período esse, que por diversas circunstâncias, os nossos adereços carnavalescos eram dos mais invulgar possível, sendo que nesse ano decidimos vestir uns fatos de macaco, colocar umas meias opacas na cara, deixando apenas à mostra os nossos olhos pintados e partir para uma noite em que eu e o AAVPPM iríamos espalhar o terror pelas ruas da Moita.

Tinha sido um plano orquestrado minuciosamente e poucas seriam as pessoas a reconhecer-nos, o que se revelou fatal para as nossas aspirações pândegas. Ao final da tarde, rumei à casa do meu cúmplice e começámos a preparar-nos. Os fatos de macaco serviam-nos que nem luvas, as meias camuflavam-nos de forma perfeitamente irreconhecível e os olhos pintados, bem os olhos pintados era pura parvoíce. Estávamos prontos, mas a nossa noite resumir-se-ia a uns longos dois minutos, na entrada do prédio do AAVPPM, a sermos surrados por um vizinho.

Saímos de casa e pusemos logo em acção o nosso maquiavélico plano, ou seja assustar e gozar com meninas que nos conheciam mas que devido aos nossos disfarces ficariam inicialmente surpreendidas, revelando posteriormente a nossa identidade. O AAVPPM, morava no 7º andar e descemos de elevador. No hall do prédio, damos de caras com o Irdas, na altura, um tenaz praticante de Artes Marciais (Kick Boxing), hoje Engenheiro. Olhamos um para o outro e decidimos abrir uma excepção, pois estava estipulado que as nossas vítimas seriam apenas raparigas indefesas.

Artilhados com meias cheias de meias, começamos por atacá-lo pelas costas, desferrando duas Meiadas no seu torso, virando-se rapidamente para nós, como que em posição de combate…Ignoramos o sinal…saíram mais duas Meiadas direccionadas para a cabeça…O Irdas, não sabia quem nós éramos (apesar de nos conhecer desde muito pequenos) e não estava muito virado para a brincadeira…Defende as Meiadas com o braço, num gesto técnicamente perfeito (outro sinal ignorado) e desfere dois pontapés ou Low Kick’s na nossa zona púbica, deixando-nos sem respiração…Com as meias na cara, o ar era cada vez mais denso…a violência do pontapé deixou-nos sem forças para tirar as meias da cara de forma a que o castigo terminasse, o que fez com levássemos mais dois, desta vez nas canelas. A dor era terrível e nessa altura implorámos por misericórdia…O Irdas, depois dos KO’s lá nos reconheceu e aconselhou-nos a ir para casa, por entre sorrisos e palmadas nas costas, alegando que não gosta muito de surpresas..

Não sei se ele alguma vez chegou a participar em Campeonatos de Kick Boxing, mas no seu palmarés contam dois KO’s em menos de 3 minutos.

Quanto a nós, comprámos duas tortas da Dan Cake, dois Capri Sun's, subimos de elevador até ao 7º e vimos o Carnaval de Torres pela televisão, com gelo nas canelas.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Marlene

Ela já não aparece há algum tempo e com quase 100% de certeza, sou capaz de afirmar que não a voltarão a ver. Falo-vos de Marlene. O Alter-Ego da minha Bicha, que surgia apenas em noites de Vodka, onde distribuía bofetadas por entre amigos e amigas e dominava o seu corpo e a sua mente. O seu olhar era diferente e o seu metro e cinquenta e pouco, aumentava para quase dois metros, o cabelo alvoraçava-se, a voz ficava mais grossa…Um verdadeiro fenómeno de Gigantismo.

Uma das últimas vezes que aconteceu, tive a oportunidade de presenciar a Metamorfose. Estávamos na Discoteca Ouriço na Ericeira, em noite de Reveillon.

O jantar foi óptimo, o grupo de amigos estava divertido e o ambiente era de folia como em qualquer noite de Passagem de Ano.

Entre um bar e o outro fomos bebendo ao ritmo da noite. É então que decidimos ir bater um pézinho de dança. A única alternativa era esse mítico lugar, o Ouriço, uma das mais antigas discotecas de Portugal, habituadas a lidar com todos o tipo de clientes, todavia, presumo que nos seus quase 50 anos de existência, nenhum dos seus gerentes experiênciou uma situação tão aterradora com a daquele pobre coitado que nessa altura geria o espaço dançante.

Já estávamos no interior da discoteca e movíamos como fantasmas ao ritmo da música. A minha Bicha, decide ir beber uma cerveja, ao que concordo e sigo-a em direcção ao Balcão. Pede duas cervejas. Eu, estou posicionado atrás da minha Bicha. A barmaid apresenta a conta do nosso pedido. Naturalmente, a minha Bicha manifesta a intenção de efectuar o pagamento com o seu cartão de débito, sendo-lhe dada a resposta de que não tinham Terminais de Pagamento Automático.

1º Sintoma de Metamorfose – os seus olhos verdes, tornam-se vermelhos

Sorri e afavelmente repete que não tem dinheiro e que pretende pagar com o cartão. A empregada volta a dizer que só aceitam dinheiro.

2º Sintoma de Metamorfose – o Cabelo começa a eriçar-se

A minha Bicha, questiona a empregada do motivo pelo qual, numa noite de Passagem de Ano não têm o sistema a funcionar para permitir o pagamento com cartões, mas a resposta não é satisfatória e pede para chamar o Gerente e que traga já o Livro de Reclamações.

3º Sintoma de Metamorfose – a voz ganha um tom mais forte e o volume, que habitualmente é baixo, sobe substancialmente.

Eu, sem dizer uma palavra, estava absolutamente estático. Surge-nos então um Gerente, com quase dois metros, muito snifado, com ar de pintas, sem saber ao que vinha.

A Metamorfose – os membros inferiores e superiores como que por magia, começam a crescer desenfreadamente, atingindo quase os dois metros de altura.

Sem deixar o Gerente falar, a minha Bicha começa a debitar palavras a um ritmo alucinante. Eu não me recordo do que foi dito, apenas presenciei um Gerente de dois metros a mirrar e a minha Bicha a crescer e a esbracejar.

Já no seu tamanho e estado normal, a minha Bicha diz-me:”Hoje não pagamos nada aqui!”

Sempre que íamos ao Bar, o Gerente servia-nos atenciosamente e como os Terminais de Pagamento Automáticos estavam fora de serviço, sorria timidamente olhando para minha Bicha.

domingo, 3 de junho de 2007

Linguística Comparada

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Mas estes clientes não sabem que não sei falar Esquisito?

sábado, 2 de junho de 2007

Neo-Provincianismo

Possuidor de um linguajar invulgar, este personagem é responsável por muitos jantares mal comidos, devido às congestões de gargalhadas. Recentemente promovido à condição de pai, esta personagem é rica em histórias mirabolantes que apesar de já as termos ouvido por vezes sem conta, nunca perdem a piada. O facto de ter chegado à paternidade conferiu-lhe uma nova aura, afirmando ininterruptamente que o seu filho é igual a ele.

Curiosamente, existe uma forte ligação de amizade entre ele e o Déspota que habita o n.º 21 da Damasceno Monteiro, uma vez que passaram férias, durante vários anos no Sul de Espanha, por alturas em que o Déspota usava uma Poupa e um Blusão Duffy que nunca tirava, e que a Velhinha (denominação facultada amavelmente pelo Déspota) chamemos-lhe assim, usava Botas de Almeirim para impressionar nuestras irmanas.

Deixo-vos com algumas citações deste filósofo provinciano, natural de um dos mais ermos pontos do Distrito de Setúbal, o Penteado:

- Ela dá-me uma tesão que até me encaracola as unhas dos pés..

- Vou para casa fazer o Número do Morto..” para os menos esclarecidos trata-se da básica necessidade de…dormir


- Chove tanto que até os cães bebem água de pé..

- Está tanto calor, que dá para assar frangos na rua..

- Vamos embora s’imbora que a menina é linda e tem dois olhinhos..

- Tou com uma moca que pareço um coelho..



Podem não acreditar, mas o Penteado é a localidade onde se desenvolveu aquilo em que em Filosofia se chama de Neo-Provincianismo.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

O Verão está á espreita

Creio e tenho como ideia ser este tema algo fortemente discutido, o Verão. Porém não posso deixar de manifestar o que me vai na alma nesta altura do ano e em particular nos meses ditos de Sol intenso.
Dirijo-me a todos, amigos e amigas mas em especial a voçês companheiros, jovens, lutadores, sofredores, enfim os Homens. De modo algum quero tornar isto num qualquer manifesto ou algo de semelhante conotação. Quer seja ela de cariz machista ou não. Assim sendo, coloco a questão no ar. - A todos pergunto:
Será justo para um Homem(de toda a espécie e raça), ter que suportar a pura tortura de ver e lidar com a beleza bronzeada(ou não) desses corpos femininos que deambulam nas Callles das nossas cidades. Os decotes insinuados, os ombros de pele macia, os umbigos (sem pêlo) com o se peircing brilhante, as barriguinhas maravilhosas........... É JUSTO!!! É JUSTO!!!
Provavelmente algumas das senhoras dirão neste momento, lá está aquele tarado a divagar...... a essas responderei que Tarado não sou, pois mesmo com este olhinho que me resta direi que apenas sou bom observador.
Quanto a vocês meus caros amigos homens, sei bem o que vos vai na alma pois não haverá remédio que nos cure, mas por certo encontraremos sempre um bom antibiótico.