quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

“Fantasseixal”


Convido-vos para uma viagem ao mundo do fantástico e do misticismo...


O já velhinho Festival Internacional de Cinema do Porto, de seu nome FANTASPORTO, nasceu em 1981 e foi internacionalmente considerado pela revista "Variety" como um dos vinte festivais mais importantes do Mundo.

Este festival tem revelado ao longo dos anos um importante papel na promoção do cinema português e europeu, como alternativa ao cinema americano.

Para os amantes do cinema, este ano o Fantas vai chegar bem pertinho de nós – Seixal (Auditório Municipal).

CARTAZ:

5 Março
• I'll see you in my dreams (de Filipe Melo)
• Natural city (de Byung-Chu Min)
• Snake of June (de Shinya Tsukamoto)
6 Março
• Tebas (de Rodrigo Areias)
• Vital (de Shinya Tsukamoto)
• Visitor Q (de Takashi Miike)
7 Março
• The Stranger (de Orson Welles)
• Tetsuo the Iron Man (de Shinya Tsukamoto)

BRAVO, BRAVO :D

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Conferência de Imprensa - Contratações

Em todas as empresas que crescem com bons resultados é sabido que se fortalece o seu cerne apostando em comprovados talentos, dando continuidade a uma estratégia de consolidação dos quadros apostando em elementos com ideias bem traçadas, com um foco bem definido. Acontece que nesta “empresa” diria que ao apresentar as coisas desta forma somente seria aprovada a parte dos comprovados talentos, dado que quanto ao restante seria imediatamente respondido com um “foco you”, dado que por aqui as mentes flutuam por universos alternativos…

Segundo indicação da Administração (que imaginei como tendo sido efectuada através de um telefonema do Presidente, enquanto este enrolava o seu bigode russo e proferia frases em francês) fiquei incumbido de anunciar em conferência de imprensa a contratação de um novo elemento, com um currículo carregadinho de elevadas doses dos pré-requisitos para admissão: a parvoíce e a eloquência. :)

Entra o rufar dos tambores, os disparos dos fotógrafos, os foguetes a serem lançados, as velhotas a trancarem-se em casa, as multifunções do escritório a entrarem em modo de avaria… ladies & gentlemen, apresento-vos… Catarina.


Dá-lhe “de rijo” sister Cat, benvinda.


PS: Todo o “destrambelhamento” anteriormente referido é habitualmente (e facilmente) agravado aquando da sua presença… Estão a ver o que aí vem não estão?


...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ventos

Para a Bubu e para o Bruno,

Há alguns meses escrevi aqui, que a adopção é dos actos mais altruistas de um ser humano em relação a outro. Hoje reitero isso mesmo.

Para mim, hoje, não é um dia qualquer. Acompanhei a vossa luta (na medida do possível) e sempre torci por vocês. A vossa perseverança, dedicação e amor pelo próximo compensou o que a Mãe Natureza de certa forma vou tirou.

Mas, clichés à parte, efectivamente aquilo que não nos mata torna-nos mais fortes.

Volvidos três anos de espera, está aí o Fábio, uma criança que vos encherá os corações de Amor e estou certo que será amada e terá, a partir de agora, uma vida muito melhor.

Estou feliz..Feliz por ti Ângela.Feliz por ti Bruno...Feliz por ti Fábio..Feliz por vocês.

Muito boa sorte nesta nova etapa. Vai correr tudo bem.

Há dias disseram-me que o vento sopra sempre a favor daqueles que sabem para onde querem ir...E não é que é verdade?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Contos Infantis: O Alfaiate Perfeito

No dia em que o Henrique encontrou um dedal dourado, junto ao poço da casa que fica junto à passagem de nível, estava longe de imaginar que a sua vida ia mudar para sempre.


Henrique vivia num país chamado Gordistão, onde os seus habitantes, os Gurdus, tinham um peso substancialmente superior ao que hoje temos como cânone. Henrique era todavia, diferente. Tinha 13 anos, 1,65m e pesava 55 kg. Era aquilo que no Gordistão se poderia chamar de Aberração.

Desde sempre fora alvo de chacota…era sempre o mais rápido nas corridas e nunca se esforçava para ficar em último. Tinha imensos problemas em encontrar roupa para o seu tamanho, nunca nenhuma rapariga lhe dirigiu a palavra e para adensar a sua diferença era alérgico a doces.


Henrique passava os dias no seu quarto, sozinho, a imaginar-se a ser o último a cortar a meta nas corridas lá na escola. Imaginava-se no café da sua rua a pedir bolas de Berlim com creme e queques de chocolate e a receber um sorriso do pasteleiro ao invés do olhar franzido que recebia amiúde, sempre que pedia uma bolinha integral com queijo.


Mas naquele dia em que encontrou um dedal e o pôs no bolso, seguiu-se uma sequência de eventos no mínimo caricata:


• Enquanto espera que o comboio passasse, um sapo sem rumo estatelou-se contra as suas botas, pediu imensa desculpas, entregou-lhe um mapa e seguiu a cambalear.


• Dois melros discutiam gramática no ramo de uma oliveira, que tinha uma azeitona licenciada em Linguística Comparada.


• O comboio passou sem atrasos com os utentes satisfeitos.


O mapa que o sapo entregara a Henrique, continha direcções para o número 1 da Rua Balofa. A curiosidade de Henrique levou-o a estar no local assinalado com um X no mapa, três meses depois de o ter encontrado.


Havia apenas uma casa, mas a rua tinha números pares e impares do mesmo lado. Henrique bateu à porta e foi recebido por um Senhor de meia-idade, com lentes de contacto verdes, uma fita ao ombro e dois alfinetes de dama a fazer as vezes dos dentes da frente, que lhe conferiam um linguajar cicioso.


- Entra Henrique. Estava à tua espera. Foi difícil chegares a aqui?
- Não. Moro na rua paralela a esta. Respondeu
- Sabes por que estás aqui?
-Sim.
-Sabes quem sou eu?
-Sim.
-Estás preparado?
-Estou.

Nisto, o senhor ausenta-se por breves instantes e surge na sala com um fato de corte perfeito, com as exactas medidas do pré-adolescente. Henrique vestiu-o e desmaiou.


No dia seguinte, enquanto se deslocava para a escola, não sentiu os habituais olhares lancinantes, próprios de uma sociedade preconceituosa. Na pastelaria, decidiu-se por um pastel de nata e um bom bocado. O troco foi-lhe dado em caramelos e beneficiou de um sorriso cheio de cáries do pasteleiro. Na aula de Educação Física pela primeira vez foi último.

Henrique tinha sido bafejado pela sorte. Acontece que com o domínio das Telecomunicações o Alfaiate Perfeito teve acesso a um sem número de SMS’s enviados e chamadas inter-urbanas feitas por Henrique a um primo distante. O conteúdo das mensagens era de desespero e de alguma auto-destruição, pelo que o Alfaiate Perfeito resolveu mudar-lhe a vida ao colocar-lhe o dedal de ouro no seu caminho.

O resto do trabalho foi feito pelo sapo, que apenas tinha sido incumbido de entregar o mapa a Henrique. Mas já se sabe que não se pode confiar segredos a sapos. Acabam sempre por cometer inconfidências.


Quanto a Henrique teve uma vida feliz…Vivia agora na Jamaica, terra de velocistas e importador de doçaria tradicional portuguesa.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

SMS’s com reacções à falta de coordenação motora de um artista do norte num programa televisivo que é transmitido num canal generalista:

1. Bonito, Abrunhosa sai do palco do Idolos e crava-se de cabeça no chão…Caso para dizer: Não posso mais saltar assim…

2. Escolher o Abrunhosa para Duetos…Uma verdadeira rasteira…

3. Era lindo ele terminar e dizer: Tudo de bom para o programa e agora vejam lá se põem luzinhas no car$%# das escadas da próxima vez que me convidarem…Acho que estou com um traumatismo ucraniano…

4. Pedro Boucherie diz:Em 1998 caiu da mesma forma cantava Sexo Sexo Sexo, escrita por ele e acompanhado pelos Bandemónio.

5. Roberta Medina diz: Pô cara… o Abrunhosa caiu super inteiro..se levantou com carisma e atxitxude..Foi super bacana.

6. Manuel Moura dos Santos diz: Eh pá essa queda no norte chama-se azeitola, no centro foleira e no sul Rameira.

7. Laurent diz: Com esta queda o Pedro poderia ter saído poli traumatizado, mas tem invulgar tem a capacidade de cair redondo. Parabéns.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Miragens...

Há dias destes... saio do trabalho, entro no carro e ponho um som libertador, sigo marcha a soltar a energia através do som, chego ao cruzamento do semáforo e aguardo pela longa espera de mudança de tom.

No worries, não há pressa e a música continua a canalizar a alegria descontrolada, observo com um sorriso tudo o que tenho à volta, a luz do dia que desaparece, os detalhes das varandas, aprecio a forma das árvores na rua, a forma das nuvens que passam sobre mim, o design do carro estacionado ao lado, a rapariga bem parecida dentro da loja do outro lado da rua... que olha para mim. Que se mantém a olhar para cá. Será para mim? Continua a olhar. Não há mais movimento na rua portanto...

Ajeito-me no banco e olho de novo. Ela continua a olhar fixamente... mau, o que é que se passa? Ela continua a olhar para aqui... afasto a componente cerebral "frita" ainda afectada pelo dia de trabalho e tento despertar os sentidos para o que se está a passar. "Ela está a olhar, fixamente... espera, os olhos não se mexeram! Será que..." - abre o semáforo - "estas lentes...", foco melhor a visão e lá está ela, uma bela manequim na loja de roupa da esquina. Sigo a soltar gargalhadas e a dizer para mim enquanto rio "eu sabia que devia ter mudado as lentes de manhã, eu sabia!!!"


Moral da história: As lentes de contacto têm uma durabilidade estimada por alguma razão. Ignorar este facto pode originar algo semelhante ao comigo sucedido, ou darem por vocês a chegar à brasileira pra beber um café e perguntar ao Sr. de óculos "Dá-me licença?".



PS: Pelo sim pelo não já troquei as minhas. Não vá ser acusado de assédio de uma manequim com cerca de 2 anos de construção :)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Cores



As cores são algo que nos envolve, que nos transporta, que dá sentido às emoções, que serve de base e auxiliar de argumento para exprimir momentos e sensações. Seja num pôr-do-Sol, num céu negro salpicado por pontos claros, por um mar de azul reflectido. As cores dão uma essência extra a tudo o que nos rodeia, um significado preenchido que nos marca de tal forma que sob o seu efeito tanto nos leva a chorar como sorrir, a recordar momentos de forma única. Sem elas tudo teria menos sentido, tudo seria limitado sem a sua existência. Possível mas limitado.

Do mesmo modo associo algo igualmente poderoso e abrangente ao que as cores para mim representam, sem a qual nada seria tão abrangentemente marcante: a Amizade.


No formato de um arco-íris, com todos os "tons" que transporta, fica um abraço colorido para todo(a)s Vocês. Obrigado por darem “cor” a tudo o que me rodeia.



PS: Saltem 3 posts abaixo, associem à mente a música sugerida. Complementa na perfeição.