segunda-feira, 25 de junho de 2007

Da autoria do amigo Spock...

sergei disse...
:D

Opah, que mais há a dizer destes teus relatos? Dominas e pronto, hehe!!!

Hmmm...a Feira da Ladra, esse belo local de comércio...largo período em que lá me deslocava arrastando comigo amigos e amigas que nunca se imaginariam por lá, a passarem por aqueles momentos caricatos próprios do local e acentuados pela emoção da idade (apesar que este team não variou muito com a idade, mas assim cobre-se um publico mais abrangente... hmmm por falar em cobrir... :P ...pronto, já me calei).

As histórias ali geradas foram várias, mas recordo especialmente uma em que após ter partido da bela Moita acompanhado do meu companheiro de venda (ele não vendia, tomava às 6 da matina o seu pequeno almoço de dois sacos de gomas na viagem de comboio, mamava a tablete de chocolate no barco, gozava com a malta que ía comprar à minha "banca", e passeava o resto da manhã pela Ladra), e após um curto período de vendas, às tantas e como nunca antes tinha acontecido o fiscal apareceu e após receber a já habitual resposta dada por toda a gente ali ("Licença? Não sabia, sou estudante, é a primeira vez que cá venho e tal...") proferiu um seco "acompanhem-me". Senti o que como descreveria na perfeição o Artur Albarran: "O Pânico.", "O Medo.", "A tragédia."

Já me via em calabouços, com malta mal encarada a galar-me o olho verde enquanto maquiavelicamente pensavam noutro, a passar por criminoso que teria de ser torturado até revelar onde tinha conseguido aqueles boxers das vaquinhas que tinha à venda...

Afinal, e após irmos de livre vontade e sem grande alarido (exceptuando os óbvios "deixe-nos ir, nunca mais fazemos isto..")atrás do fiscal e escoltados ao longe pelos agentes da autoridade, o destino era o gabinete do fiscal que era dentro da praça, o que se de inicio nos acalmou, mal ele abriu a porta e nos deparámos com um armazém apinhado de mochilas confiscadas prontamente gerou o pânico e definiu uma evidência: que eu ía ficar sem os meus benzinhos todos.

Alongo-me sempre, detalho demais, mas quem me conhece já sabe como é...bora lá à continuação da novela :P

Só vos digo que me (nos) foi apresentada a proposta de pagar uma multa (largamente superior ao que eu vendia), ou serem apreendidos os bens (o que também não me agradava nada dado necessitar da guitarola).

Surge o pedido dos cartões de identificação, e no meio das lamúrias, entrego o meu cartão do Politécnico abanando a cabeça ainda não crendo no que me estava a acontecer... "Ai! Vocês estudam no Politécnico de Setubal?"

As vozes angelicais ecoaram, ouvi passarinhos, o Sol brilhou de outra forma pelas janelas, os meus olhos viram o Senhor, a luz surgiu diante de mim, se me dessem água aquilo viraria tintol Formosinho num instantinho. "Sim estudamos...", respondi como quem não quer a coisa.

"Hmmm...anda lá,o meu sobrinho" disse ele esboçando um principio de sorriso que imediatamente associei ao facto do tal sobrinho lhe gerar boas recordações.

"Ai estuda?", soltei eu num acto próprio do desepero dum tangas estilo Toni&Zézé.

"Sim o Tó está lá num curso...", nem dei tempo dele acabar a frase. "AIIIIM O TÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓ!!!", ao que o fiscal ainda balbuciou um "mas conhecem-no?" ao que o meu companheiro ao esbugalhar os olhos sem perceber quem seria tal personagem, levou um pontapé tal que o fez berrar (literalmente) ainda mais alto que eu um "ATÃO O TÓÓÓÓÓÓOÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓ!!!!".

Resumindo, deixou-nos seguir caminho, sob promessa de tratar da licença, e mandar um abraço ao sobrinho Tó. Há dias felizes na Ladra. :)

Remédio santo, tratei logo da licença do meu espacinho, e lá passei pelo penoso processo da legalização da minha actividade. Mesmo que tenha sido somente para descobrir que onde se fazia negócio relevante era onde se vendia sem licença. Até ali se aplica a regra, se damos uma de cumpridores acabam todos por nos passar à frente, e fazem bastante mais guita que nós, hehe...

Pouco tempo depois desliguei-me da coisa, foi-se a pica da venda, a adrenalina similar à dos tubos...mesmo que tenha sido no formato dum fiscal e dois polícias.


PS: Tó, onde quer que estejas (e sejas) fica aqui um grande bem haja, e vê lá se ligas ao teu Tio porque ele tem saudades tuas. ;)



Abração, S do P do ock

2 comentários:

Anónimo disse...

Eca... já me queimaram... :S

S do P do ock

Alcides disse...

Quem escreve assim não é gago...rag