sábado, 24 de abril de 2010

Naturalidade

O episódio que vos relato foi-me contado ontem por um amigo.

Todos nós, nos nossos empregos, criamos perfis internos (para nosso uso pessoal) relativamente aos nossos colegas de trabalho e na grande maioria dos casos apenas os imaginamos em situações profissionais, pelo simples facto de que essas potenciais perspectivas poderão tornar-se em autenticas visões do inferno.

O que quero dizer é que, por exemplo não imaginamos da Sr.ª da Contabilidade a correr para a latrina com uma cólica intestinal e a sentar-se na sanita, desapertando apressadamente os botões das calças, soltando um longo suspiro de alívio ao desimpedir os canais.

Pois bem, o meu amigo estava a trabalhar e entretanto aproxima-se dele uma colega com alguns dados para lhe passar. No decorrer da pequena conversa e ele ouve um som que habitualmente é ouvido num ambiente de construção civil (com o devido respeito pelos decorosos trolhas), do que propriamente numa sala de projecto de uma grande empresa.

Era o som da Flatulência.

Ela prossegue a conversa com a naturalidade de quem nada tinha feito. Por esta altura o meu amigo estava estático e pelo que conheço dele, estaria a morder os lábios para não rir a bandeiras despregadas (gosto desta expressão). Terá pensado: “Eu ouvi bem? Ela deixou escapar um? Nãã…não pode! Não é possível! “

Com o avançar da idade, a capacidade de coordenação física (e intestinal) terá tendência para ir diminuindo. O corpo humano começar a emanar todo o tipo de odores e sons…

Uns apercebem-se, outros não...ou então fingem que não se apercebem…

2 comentários:

Rafaela disse...

Isso já me aconteceu (como espectadora, não como protagonista, obviamente) mas...num elevador. Podes imaginar o meu sofrimento, visto que não havia lugar por onde escapar.

Gostava de te ouvir contar esta história ao vivo! Hoje vou ao Bairro com o meu amigo gay não gay (post de há 1 mês). Esbarramo-nos por lá?
:)

Avózinha disse...

Com o avançar da idade o melhor é irmos para trolhas?
Desculpa lá, mas sou muito (mas mesmo muito) avesso a estereótipos...sejam eles quais forem.
Abraços