terça-feira, 18 de setembro de 2007

Festa da Moita (este texto é grandote)


A interrupção na escrita das linhas que fazem este espaço, deveu-se a um acontecimento que tem lugar uma vez por ano na Vila da Moita: As Festas em nome da Nossa Senhora da Boa Viagem, acontecimento que se assemelha ao Ramadão, invertendo apenas alguns princípios: é obrigatório comer carne de porco (entremeadas, bifanas, couratos) e a ingestão de bebidas alcoólicas deve ser encarada com uma crença.


Posto isto, as próximas linhas serão uma espécie de diário do que foram estes últimos seis dias.

Dia 01 (Segunda-Feira dia 10 de Setembro) – após um dia de trabalho, rumei à Moita com a minha querida amiga Su Pinto, que no primeiro dia da Festa (de resto o dia mais perigoso da Festa, devido à capacidade inata dos Moitenses se descontrolarem com bebidas espirituosas) não ficou indiferente à ansiedade que assola os habitantes desta pequena localidade e agarrou o “Touro pelos cornos”, expressão que se adequa, em virtude de se tratar de uma feira taurina. O estado de ebriedade era tal que o seu amigo Gregório esteve presente. O jantar de 2ª, teve lugar na casa de campo da amiga Psicóloga (situada bem no centro da Vila), um lugar que respeita as tradições tauromáquicas, com cartazes e adereços alusivos a corridas passadas. Devido a uma questão de logística, a janta atrasou-se um pouco, o que fez com que a ingestão de cevada, animasse os presentes, mais rapidamente que o costume. O resto da noite foi calmo, ainda assim acordei com a cabeça pesada…

Dia 02 (Terça-Feira 11 de Setembro) – O Síndroma Faixa de Gaza ataca! O acordar com os morteiros que anunciam a Largada de Toiros, faz lembrar o conflito Israelo-Palestiniano. Eram 10 da manhã e preparava-me para ir à largada quando o caríssimo amigo The Chicken, teve uma excelente ideia: surafdinha matinal, para curar a ressaca, na Praia Grande. A Maria Vinagre foi estreada em Praias da Grande Lisboa. Com a ajuda do The Chicken, surfei a minha primeira onda completa, desde a remada ao take of…tudo como deve ser. Foi também na terça-feira que contabilizei a minha primeira entremeada. O resto da noite foi calmo, ainda assim acordei com a cabeça pesada…

Dia 03 (Quarta-Feira 12 de Setembro) – Terceiro dia de festa e penso: é hoje vou levar uma vida saudável...Mas não…Fiquei em casa até às 13h e fui almoçar com o Gigante. Lá se foi a intenção. A ementa era variada: entremeadas, bifanas e vinho…o almoço prolongou-se até às 18h…seguiu-se um jantar com o mano velho. Nessa noite fiquei em casa. O resto da noite foi calmo e não acordei com a cabeça pesada.

Dia 04 (Quinta-Feira 13 de Setembro) – Um dia que me marcou, na verdadeira acepção da palavra. Fui completar uma das minhas tatuagens a Setúbal, com o meu amigo Ondas, minha amiga psicóloga e a minha sobrinha. 2h30 de a tatuar. O resultado foi óptimo e deixou-me bastante satisfeito. Se estiverem a pensar fazer uma, fica o contacto: Domus Tattoo Art - 937573431/265571322. Digam que vão da minha parte… A noite foi de reggae...Bem divertida, como o ritmo pede. Como o meu irmão mora na zona envolvente à praça de toiros e o barulho é insuportável, dormi na casa da psicóloga. Dormi bastante bem. O resto da noite foi calmo, ainda assim acordei com a cabeça pesada…

Dia 05 (Sexta-Feira 14 de Setembro) – O dia da Tarde do Fogareiro. Um dia absolutamente fantástico, em que revi imensos amigos, nomeadamente o meu querido Tony Ramos e a sua esposa, bindos directamente de Monção. Parecia um encontro de ex-combatentes do Ultramar. A tarde do fogareiro é actualmente o ex libris da Festa. Milhares de pessoas juntam-se na pequena Avenida Teófilo de Braga, onde há de tudo: Fogareiros mínimos, pequenos, médios e gigantes, onde se vêm porcos inteiros a assarem. Uma logística absolutamente incomparável . Havia fado vadio, a fanfarra e o expoente máximo da Dança Moderna Contemporânea : O Comboio do Uga – onde as pessoas, ao som de uma banda que tocas temas populares, dançam, dando dois passos para a frente e três para trás.

Um pequeno senão: a batida no carro da minha Bicha por parte de um infeliz que não se dignou a deixar um contacto…Mas testemunhas é coisa que não falta.

Mais tarde, fomos à casa do Spock bebericar mais umas cervejas e comer mais um chouriço assado e salsichas frescas. Dormi na casa da Psicóloga e ela conta que olhava de soslaio para o relógio, em sinal de “estou cheio de sono e acabamos de conversar amanhã…” O resto da noite foi calmo, ainda assim acordei com a cabeça bem pesada…

Dia 05 (Sábado 15 de Setembro) – Dia dedicado à comida. Acordei e dirigi-me à casa do mano Du, onde vi um pouco do jogo da selecção de rugby. De seguida, esperava-me uma Moamba que não tem paralelo, na casa da mãe do estimado amigo Spock. Um tarde descontraída, onde reinou a boa conversa e as boas vibrações. De seguida, jantar na casa da Arquitecta mais bonita que conheço…Juntei mais umas entremeadas ao meu saldo que já ia longo…No jantar esteve presente um membro honorário do C.O.N.A. O João, que já não é namorado e sim marido, mas que tem lugar reservado no conselho de administração deste Centro. O resto da noite foi calmo, ainda assim acordei com a cabeça bem pesada…

Dia 06 (Domingo 16 de Setembro) – Apressei-me para vir para Lisboa, pois vim ouvir os ensinamentos do Dalai Lama no Pavilhão Atlântico…

Se ao menos os tivesse ouvido no dia 01…

1 comentário:

Anónimo disse...

.. é nestas alturas que dá jeito uma amizade com o farmaceutico....rag