quinta-feira, 27 de março de 2008
Bulgaria Rules!!
atentem nos "caldos" com que ele se penetencia...
Maria Cala-te
ou então o que não me canso de ouvir
quarta-feira, 26 de março de 2008
Gregos de Raiva
Porém, sou obrigado a trazer á vossa consideração algo que me inquieta bastante , e segundo uma crónica de um dos pensadores da nossa praça , dito jornalista de referência , terá dito qualquer coisa como, "...Futebol , muito mais que um jogo ..."
Pois é, a Grécia esse bicho papão que nos atormenta e que nos verga perante os olhares de todos por essa Europa fora. Para alguns um espanto , para outros indiferença , para nós portugueses a confirmação de um mau hábito , o hábito de perder.
Recentemente em conversa com amigos num jantar bem regado, foi falado a propósito deste assunto que na realidade e sem sombra de dúvidas que o Futebol é muito mais que um jogo. Estamos perante um cenário, um novo complexo, " GREGO " de seu nome, como se já não chegassem os que temos actualmente, que apareceu sem que ninguém se tivesse apercebido e com o largo consentimento de um Brasileiro.
Veja-se como tudo isto está integralmente ligado á vida dos Portugueses. Aparece o nosso Governo com a boa nova de redução do défice, o equilibrio das contas públicas , a baixa de impostos, esse milagre de Fátima , a economia prospéra ........ e tudo e tudo ........ e Zás , aparece o fantasma " Grego " e lá se vai a nossa auto-estima pelas ruas da amargura .
Creio que tal fenómeno só terá paralelo com o sucedido com a Hungria que , nos tão distantes anos 50 e após derrota com a Alemanha na final de um Campeonato do Mundo de Futebol, terá sido colocada á margem da Europa , tornando-se assim num país cinzento, de tal forma deprimido que, até bem pouco tempo e após sondagem de opinião á população , ficou latente que o acontecimento mais marcante para este povo foi aquela fatidíca tarde de Futebol.
Ora bem, é urgente agir!!!! É urgente protestar!!!!!! É urgente mudar!!!!!........ Sob pena de se verificar que daqui a alguns anos os nossos filhos não pensam que , Grécia , Gregos ou derivados....... seja algo bem pior que uma epidemia.
Coisas Light
Porém, os cientistas também têm tempos mortos e gostam de aproveitar o remanso. Todavia, por serem profissionais rigorosos, os seus momentos de lazer são vividos de uma forma totalmente diferente da generalidade dos mortais, que como eu, gostam de estar num estado de coma induzido, proporcionado por um indeterminado número de DVD’s, aliado a uma dose industrial de alimentos com elevada percentagem de glucose.
Mas os cientistas não. Estes senhores dedicam a sua vida ao bem-estar dos seus semelhantes e nos seus tempos livres, dedicam-se aos Projectos Light como: a criação de uvas sem grainha e melancias sem pevides. Podemos achar que se tratam de projectos fúteis e irrelevantes mas são estas iniciativas que os fazem relaxar…
Já tivemos o caso do cientista israelita, que concebeu um Galinha sem penas. Muito provavelmente este projecto foi desenvolvido no intervalo de uma investigação que lhe estava a causar um nível de ansiedade demasiado elevado, aumentando-lhe a tensão arterial.
Eu pessoalmente, louvo estes projectos. Há coisa melhor que uma melancia fresquinha sem aqueles caroços chatos? Ou umas uvas sem a grainha incómoda? Só espero que muito em breve desenvolvam um projecto de sardinhas sem espinhas, tremoços e ovos sem casca e também caracóis sem a conchinha, ou pelo menos com um sistema de lubrificação mais eficaz de maneira a evitar o irritante e lamentável ruído da sucção do rastejante.
Aos cientistas, um grande Bem-Haja.
terça-feira, 18 de março de 2008
Desenvolvimento Insustentável
Mas o tema deste texto prende-se com uma notícia que li no jornal Diário de Notícias de sábado: “PS quer proibir 'piercings' em zonas sensíveis do corpo.” Trata-se de um projecto de lei que visa a regulamentação na colocação de piercings e na realização de tatuagens. Alegam que estas actividades colocam em risco a Saúde Publica.
A leitura que faço deste tipo de notícias é comparável à incredulidade de um avistamento de um Unicórnio. Deixam-me pasmado. Bem sei que estes projectos de lei carecem de aprofundada reflexão e cuidadosa análise. Assim, o desemprego, as (insuficientes) pensões dos idosos, os impostos, a educação, etc., são dossiers relegados para segundo plano, por alguém que queira pintar ou perfurar o seu corpo.
“Um país não pode avançar sem ter um projecto de lei que proiba os piercings e as tatuagens! São verdadeiras ancoras para o progresso! Devemos aprovar na Assembleia da Républica este projecto e assim chegaremos ao nível da Finlândia. “ Talvez tenham sido estas as guide-lines de Renato Sampaio, o deputado autor da façanha.
Quanto a mim, acho que vou fazer mais uma tatuagem…
Visto que o nosso país se encontra num tal estado de graça e as atenções dos nossos representantes estão viradas para pastas tão importantes como a tinta ou a agulha, julgo ser bastante importante um projecto de lei de regulamente relativamente à incoerência dos símbolos da Páscoa: ora bem, temos amêndoas, coelhos e ovos. Os coelhos não comem amêndoas e tão pouco põem ovos. Afinal em que ficamos?
domingo, 9 de março de 2008
Metamorfose Precoce
Há atitudes de adulto que supostamente só existem dado o conhecimento adquirido com a idade, ou devido à influência da informação injectada pelos media acerca de tudo o que nos rodeia, como por exemplo aqueles em que numa conversa a três após o terceiro elemento de afastar se muda radicalmente a conversa, seja para aquela cusquisse privada, seja para um qualquer comentário mais reservado, já pra não falar no popular corte e costura.
Digo momentos de adulto porque achava eu que as crianças viviam num mundo mais utópico, mais desprovido de picarias, e que somente a partir da adolescência essa vertente se começava a revelar. Na semana passada descobri que me enganava redondamente e que esses tempos já estão numa fase de upgrade evolutivo.
Passou-se na hora de almoço no trabalho, e em que na mesa atrás estava um colega com o filho e um amigo do filho, miúdos dos seus 9 anos no máximo e que comentavam as suas lições e progressos. Comecei a almoçar e fui desinteressadamente ouvindo os relatos infantis das aulas de inglês, de como tinham corrido os exercícios, de como se dizia isto e aquilo, tudo numa maré de pura infantilidade trocando conversa com o adulto, deixando-me na mente as lembranças de quando era miúdo e descobri os prazeres puros da aprendizagem de inglês, como por exemplo quando aprendi a dizer “Hello, my name is Sérgio” com o prazer de o soletrar na perfeição, para anos mais tarde ouvir o Zézé Camarinha assassinar a gramática com outros intuitos e acabar a ser estrela de tv/praia/engate. Adiante.
Estava eu nestes pensamentos do suspiro, quando às tantas o meu colega os deixa na mesa, ficando eles na conversa. Diz um ainda em voz angélica “esta sobremesa é mesmo boa, queres?”. Responde o outro num alterado tom de adulto que me abriu os olhos “Achas? Tu não és gordo, mas eu tenho tendência para engordar”. Ao que riposta o primeiro já no mesmo tom evoluído “Pois, lá isso tens mesmo, hehe, eu tenho tendência é pra ficar com uns grandas abdominais”.
Meus amigos, foi a desilusão, o choque, a aterragem na realidade e nas frases reais (citando Albarran). Percebi que o meu mundo de ilusão não passava mesmo disso, e com a continuidade da conversa que além disso o jogo de pressão já começa nas camadas jovens.
Diz o Mr. abdominal “Eu como doces e não engordo, farto-me de comer porcarias e olha lá a minha barriga, oh”. O outro soltou um desinteressado “pois tens…” e prosseguiu em resposta de pressão “…mas sabes, tu assim vais acabar diabético, nem te quero imaginar coitado de ti…”, levantando-se da mesa e seguindo de fininho em direcção à saída. Percebi que o primeiro se tinha engasgado com o comentário e ficado logo todo apanhadinho quando retorquiu com um “O quê? Vou ficar o quê?”. Só consegui ver de soslaio o segundo a passar por mim com uma cara de cínico gozão ao belo estilo toma-que-já-te-lixei, a responder ao desamparado que já vinha atrás dele “Diabético. Nem te devia dizer isto, mas só quero ver depois como é que vai ser…”.
quinta-feira, 6 de março de 2008
Reciclar é Preciso
Passou-se com o meu irmão…Numa ida às compras, após recolher os produtos da sua extensa lista de compras - na qual se incluem uma panóplia de cremes que fazem com que a sua verdadeira idade se traduza num número superior a 20 e inferior a 22, quando na realidade esse número é ligeiramente superior - o meu irmão dirige-se à caixa para realizar o pagamento.
Porém e apesar da aparência juvenil e inocente do meu irmão, existem dois pequenos pormenores que aos olhos de um diligente colaborador da Lidl saltam à vista, aliás são motivos de alerta: a pigmentação da pele e uma bolsa à tira-colo. Basta ter a epiderme um pouco mais escura e um qualquer acessório de moda para acondicionamento de documentação e afins, para que o estatuto de cidadão cumpridor das suas obrigações, seja convertido em presumivel larápio.
Chegado à Caixa, o meu irmão aguarda a sua vez, pacientemente. À sua frente tem duas senhoras caucasianas que também elas traziam acessórios de moda, vulgo malas, que pagam e vão às suas vidas. Segue-se o meu irmão. Antes da Adjunta de Loja começar a passar os códigos de barra das compras do meu irmão, baliu a seguinte questão: “Importa-se que veja a sua mala?” Ao que o meu irmão anuiu.
Inicialmente, a questão não teve o impacto que mais tarde viria a ter e foi preciso o meu irmão percorrer a distância exacta de 854 metros, para lhe dar a devida importancia. A epifania deu-se na rotunda da BP, na Moita. Contornou a rotunda e voltou à loja.
“A senhora conhece-me de onde para me pedir para lhe mostrar a mala? Pareço-lhe com algum ladrão?” interpela o meu irmão sem contemplações. A funcionária tenta justificar-se com “os procedimentos”. O meu irmão riposta, salientando que não a tinha visto pedir para que as senhoras que se encontravam à sua frente abrissem as suas malas.
E num gesto digno de uma repetição em câmara-lenta (com direito ao R a piscar no canto superior direito da TV), pega nas extremidades inferiores do saco que continha as compras, vira-o, deixando os produtos desamparados em cima do tapete rolante, pede para chamar a gerencia e que lhe seja restituído o seu dinheiro. A funcionária tremia que nem varas verdes. Por entre desculpas, é-lhe devolvido todo o dinheiro das compras, incluindo o valor do saco de plástico, que para todos os efeitos informo que custa 0.03€.
Foi poupado um saco de plástico e reciclados alguns pensamentos mais culpabilizadores por parte de uma trabalhadora que estava bastante habituada a colocar rótulos em produtos…e em pessoas.
quarta-feira, 5 de março de 2008
Selvagem
“Eis-me, portanto, sozinho na terra, tendo apenas a
mim mesmo como irmão, próximo, amigo, companhia.”
Estas duas frases são da autoria de Jean-Jacques Rousseau, filósofo suiço do sec. XVIII e traduzem o nosso (meu e da minha Bicha) estado de espirito à saida da sala de cinema, depois de ver o “Into the Wild”, do Sean Penn.
O filme retrata a jornada de Christopher McCandless ou Alexander SuperTramp em busca de verdades, numa viagem com destino ao Alasca, na qual se propõe a viver sem aquilo que considera acessório e imposto por uma sociedade extremamente materialista e hipócrita.
A viagem de Alex é algo que nos faz pensar sobre todas as futilidades e faz-nos querer caminhar ao seu lado com uma mochila e por de lado o modelo universal de felicidade: o T2 mobilado e equipado com os electrodomésticos mais hi-tec do mercado, o carro novo, etc. Confesso que me falta a coragem de Alex, mas ontem por duas horas e tal estivemos com ele no Lado Selvagem.
A Banda Sonora, da responsabilidade de Eddie Vedder, dá à demanda de Alex a componente romantica e aventureira, que este tipo iniciativa desperta em todos nós.
Fica a sugestão.
Seguramente um dos filmes da minha vida.
segunda-feira, 3 de março de 2008
Carreiras
A visibilidade que os Media proporcionam a um/a qualquer cidadã/o, por mais camafeu e inócuo que seja, (se bem que a ex-coelhinha da Playboy é bastante expressiva de corpo) faz com que tenham uma notoriedade que permite que estes personagens possam comemorar 10 anos de carreira. Mas que contributo é que esta loura de prodigiosa contrafacção, teve na sociedade, para além de despertar nalguns adolescentes/homens solteiros, casados, juntos, separados e divorciados alguma excitação ao ver umas fotos mais sensuais, (gostaram deste eufemismo? É que a coelha tinha uma cenoura na boca) que foram trazidas a público por algum namorado descuidado (olha…outro eufemismo…é que o rapaz estava ciente do que é a Worl Wide Web)?
A sua carreira é pautada por nus e desprovida de qualquer profundidade intelectual...Todavia, se falarmos de profundidade física, Carla Matadinho está apenas uns furinhos abaixo de Linda Lovelace, protagonista de um filme para adultos, considerado de culto, em que a profundidade do seu fellatio era deveras surpreendente. Impressionante mesmo. A julgar pela primeira década de carreira, esta míuda vai longe. Talvez chegue mesmo a Nobel.
Faz-me confusão existência de personalidades que passaram uma vida inteira vestidas e não tiveram nem metade do protagononismo desta figura púbica.
Outra coisa que me faz confusão são as comemorações de Anos de Noite. Vêmos individualidades a comemorar 20 Anos de Noite, que também podem significar 20 Anos de Bebedeiras, 20 Anos de Ressaca, 20 Anos a inventar aquela desculpa para não ir trabalhar na segunda-feira e pergunto-me: Será que um Guarda-Nocturno ou um Padeiro também comemoram 20 Anos de Noite? Estes sim têm legitimidade para o fazer…