quinta-feira, 13 de maio de 2010

(des)Medidas de Austeridade

As medidas são efectivamente austeras. No país de Fátima, Futebol e Fado os políticos são responsáveis também pela Falácia destas medidas que visam combater a omnipresente crise.

Está na altura do Governo ser desparasitado. Tanto à direita como à esquerda a classe política portuguesa está completamente coberta de um parasita chamado incompetência e estou em crer que o frontline não seja suficientemente eficaz.

Sou da opinião que o “animal deveria ser abatido”.

Os sacrifícios são inevitavelmente (sempre) pedidos aos mesmos, ao sacrificável povo. A quem tem dificuldades em suportar a prestação do crédito habitação, à crescente classe “mileurista” que povoa a nossa sociedade. Mas também há que fazer um mea culpa, pois é este mesmo povo que quando é chamado às urnas tem colocado estes crápulas no poleiro.

Mais uma vez admito a minha ignorância em termos políticos e económicos, aliás estas coisas que aqui escrevo são resultado de pesadelos que tenho, equilibrar as contas públicas faz-se aumentando a receita e reduzindo a despesa. E agora um segredinho: tudo isto deve ser feito com o menor impacto para os cidadãos.

Mas com um governo megalómano e os maiores investimentos da história deste país a serem feitos agora, mais rápido chega a humanidade a Júpiter do que terminamos este ciclo.

2 comentários:

David disse...

Este assunto dava pano para mangas...

Ficam aqui uns breves comentários/sugestões:

- A classe política é feita do mesmo material do povo. Tais peças de barro, uns são mais apresentáveis que outros. Mas a matéria-prima não deixa de ser a mesma!

- Mate-se o animal! Contudo, temos que estar cientes que as pulgas e as carraças vão saltar para qualquer outro animal que veja em substituição. Nem Frontline, nem Advantix. São de uma complexidade genética que lhes permite total imunidade.

- O sacrifício tem que ser interno (penso que não há dúvidas quanto a isso!?). Se não for feito por todos (povo incluído), então teriam que ser apenas as empresas e as classes mais favorecidas. Isso não iria sacrificar ainda mais o povo, já que este depende deles para o seu ganha-pão?

(isto está a ficar com um tom muito sério, mas este assunto perturba-me de tal forma que não consigo debitar a parvoíce que habitualmente me acompanha.)

- Ir às urnas em Portugal é como estar cheio de fome num local onde só há uma tasca: escolhes o que te parece menos-mal!

- Acredito que há gente capaz, mesmo em Portugal, de levar este país a bom porto. Mas ganhar o que se ganha na política (para este tipo de pessoas é pouco!) e ainda ser chamado de filho da senhora que ganha a vida a conceder favores de carácter sexual... Amor à camisola? Só se for àquela que comprei no outro dia e que me custou uma pequena fortuna.

- Espero que estas medidas de austeridade (que concordo que poderiam ser melhores e mais arrojadas) sejam acompanhadas de grandes alterações estruturais. Caso contrário, obteremos o mesmo resultado de uma lavagem de pocilga: no dia seguinte já está cheia outra vez. (sim, é uma analogia parva! Mas não me ocorreu outra.)

- E por último e, de todo, não menos importante: há mesmo muita gente a depender do estado. Hoje (13 de Maio, dia de tolerância dos organismos públicos) fui durante todo o caminho a controlar o velocímetro para não exceder (muito) a velocidade máxima das vias por onde circulava. Mesmo na 2ª circular, onde inevitavelmente se anda em pára – arranca, quando não é pára – pára.


(Breves comentário? Nem quero saber o que seriam se fossem exaustivos...)


(este texto não foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico)

Alcides disse...

Muito obrigado pelo teu comentário David. É elucidativo e coerente. A ver vamos se ainda que com tais medidas sairemos deste pantanal. Gostei da última nota...Ando para terminar um texto com essa frase..Mas já me "estragaste o truque". Abraço