sábado, 17 de novembro de 2007

Qualquer dia vou surpreender o meu cunhado.

Qualquer dia vou surpreender o meu cunhado. O meu cunhado tem provavelmente uma das mentes mais brilhantes de Portugal e acreditem que não estou a exagerar. O Nuno Rogeiro ou Professor Marcelo ao pé dele são…mais baixos, pois ele tem perto de um metro e oitenta. Professor, Filósofo, Dramaturgo, Escritor e Encenador torna-se difícil dizer-lhe qualquer coisa que ele não saiba.

Jogar ao Trivial Pursuit, torna-se fastidioso. A minha esperança é que a revista Caras lance uma edição do Trivial Pursuit com perguntas que se baseiem em figuras públicas da nossa praça, porque aí tenho a certeza que lhe bato aos pontos. Antes de acabar a frase anterior, pensei no Trivial do Jornal A Bola, mas mesmo aí o gajo ganhava.

Pois bem, qualquer dia hei-de surpreender o meu cunhado com algo que ele não saiba. Por vezes arrisco uma conversa de carácter mais cerebral e sou rapidamente assolado por um sentimento de que estou a apregoar um dialéctica de terceira categoria, recheada de lugares comuns. Por vezes solto umas frases soltas que oiço nos telejornais, sendo que quando quero mesmo impressionar, largo uma daquelas efemérides que o Mário Crespo relata no Jornal das 21h, para não ter que dizer a Meteorologia, ainda assim em vão e regresso rapidamente a um tema onde estou como peixe na água: O Futebol.

Podia sempre abordar a concepção pessimista que Arthur Schopenhauer tinha sobre a nossa existência ou dissertar sobre a inabalável paciência de Estragon e Vladimir relativamente à delonga de Godot, mas rapidamente voltaríamos ao Mundial de 86 e à Selecção Nacional, que era formada, na sua maioria, por rapaziada da Moita e arredores, porque muito provavelmente, ele suspeitaria que tive uma ajuda do meu amigo Google, na criação de tais pensamentos.

Porém, julgo que muito em breve irei surpreendê-lo. Ando a pensar em ligar para a Nova Zelândia e questionar sobre a quantidade de páginas da Lista Telefónica Neo-Zelandesa. Com o número bem memorizado e no meio de uma eloquente discussão filosófica, politica ou sociológica, deixava sair num tom sereno e intelectual:

“A Nova Zelândia tem uma Lista Telefónica de 1347 páginas, que abrangem diversos produtos e serviços. Desde Lavandarias a Agências Funerárias. Sabias Francisco?”

Gostava de ver a cara dele…

1 comentário:

Anónimo disse...

Corrias o sério risco de ele te responder:"És mesmo básico. Já só tem 1346 páginas, porque houve uma actualização. Desta concluiu-se que duas drogarias fecharam porque os proprietários bateram as botas, uma loja de animais abriu falência e imobiliária Remax deixou o mercado"...
Frida