quarta-feira, 15 de agosto de 2007

A Vida Foi Bela

As minhas férias ficaram marcadas na minha cabeça…
Não só pela quantidade de belas praias que tive a oportunidade de conhecer, a gastronomia fantástica, a boa disposição das pessoas que estiveram à nossa volta, como pelo grande escaldão que apanhei na minha careca.

Na véspera da partida de férias e de forma a estar o mais apresentavel possível, resolvo ir ao barbeiro. Vou ao meu quarto, abro a primeira gaveta da cómoda e retiro o meu cabeleireiro privado. Uma máquina de rapar a cabeça comprada numa loja oriental por 12.90 € (não lhe chamo loja do chinês para não ferir susceptibilidades). O corte corria de feição, até que decido acertar uns tufos que tinham escapado. Opto pela máquina de barbear, possuidora de um golpe mais rente. Na sequência de um deslize (a máquina de barbear cortou muito mais rente) e de maneira a minimizar os estragos, leia-se ficar com uma careca sem diferenças capilares, opto pela Gillete, ficando com um couro cabeludo reluzente e livre de pelosidade, o que se veio a revelar fatal.

Ao fim de três dias de praia e apesar da utilização de protector solar, abate-se sobre a minha careca um enorme escaldão que me acompanhou durante os dias de ócio estival. Era vê-lo nas praias da Arrifana, do Amado, de Odeceixe, da Amoreira…

Porém, estas férias foram também marcadas pelo meu abandono do Surf, com um palmarés absolutamente desconcertante: cerca de 8 dias consecutivos a tentar pôr-me de pé…e nada.

Perde-se uma estrela do Surf e ganha-se uma constelação no Long Board.

Numa das visitas a Odeceixe, questiono ao dono de uma Surf Shop se compravam pranchas em 2ª mão e se tinha alguma maior para venda, ao que ele respondeu que sim. Depois de lhe dizer que estava a aprender a surfar ele pediu que lhe mostrasse a minha prancha. Assim que ele viu a prancha, acabou rapidamente com as minhas esperanças de algum dia me tornar num Kelly Slater e numa pronúncia alentejana divertidissíma diz-me: “Alcidis… com esta prancha nunca mais te pões de péii!!”

Depois de algumas negociações, apresenta-me a Maria Vinagre, uma australiana de 2 metros, e foi amor à primeira vista. Em menos de nada já estava em cima dela…Aconteceu na praia do Amado. Aquilo que não consegui em oito dias consegui-o em duas horas..Foi muito bom. Tão bom que até valeu um cigarro no fim..

Nestas férias certifiquei-me que mulheres e compras são inseparáveis. Se nalgum momento pensei que a minha Bicha fosse diferente, tive a prova do contrário. Ela e a namorada do déspota, paravam em tudo o que era banca de venda ambulante. Se porventura nalgum sítio houvesse algum hippie a vender ossos mastigados por um dos seus cães, elas paravam e ficavam a admirar as capacidades regurgitadoras do canino.

Já nós, os homens, temos uma proximidade latente com tascas e minis…é como o complexo de Electra, mas em relação à cerveja.

Mas de forma a poder beneficiar de mais momentos como estes, já estou a trabalhar…não obstante, habituar-me-ia rapidamente ao estilo de vida dos meus ultimos doze dias.

2 comentários:

João Tomaz disse...

Ganhei umas aulas de surf!!!!!! Depois digladiamo-nos no mar!

Alcides disse...

Boa!Não me digas que foi com o Livro do Gonçalo Cadilhe?