quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Mano Pródigo

Na semana da festa quiçá mais aclamada do universo, dá-se o terminus da hibernação dos muitos que passam o ano a aguardar até terem finalmente um motivo para sair de casa, bem como o regresso às origens dos que espalham a boa nova por outras paragens.


Ora numa festa que assenta numa homenagem religiosa, é normal que eu começasse a associar os que regressam ao lado sagrado da questão…


Foi quando me lembrei de uma parábola, que às tantas julguei aplicar-se a um dos “filhos”cá da terrinha. Seja pela associação de algumas passagens aos sorrisos gerados ao revê-lo, seja pelas desventuras ocorridas durante o seu regresso.
Vejamos:


“…ajuntando todos os seus haveres, o filho mais jovem partiu para uma região longínqua e ali dissipou sua herança numa vida devassa.” – Aplica-se na perfeição, só tendo como ligeira diferença que a distância se limita à travessia de um rio, e que na manhã seguinte é que se percebe o saldo despendido durante a devassidão festiva.


“Ele estava ainda ao longe, quando seu pai (neste caso os amigos) viu-o, encheu-se de compaixão, correu e lançou-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos” – Aplica-se, principalmente porque o

ola que não falta nesta data são os peritos em lançamento do beijo ao pescoço, sendo que em média 70% dos "saltos" falham o alvo e acabam na roulotte da Cristina.


“… trazei a melhor túnica e revesti-o com ela, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés.” – Aplica-se, mas claro que depende do estado alcoolizado do personagem e da diabrura que os amigos se lembrem de fazer. O anel depende do deboche que eventualmente se possa proporcionar durante a noite.


“Trazei o novilho cevado e matai-o (esta parte aplica-se aos cachorros quentes do Quim, e as churrascadas); comamos e festejemos, pois este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado!’ E começaram a festejar.” – Aplica-se, sendo que muitas vezes o percurso é inverso, ou seja, o personagem passa a sentir-se perdido (as minis e o “wiki” não perdoam), e quanto a reencontrá-lo só se for umas horas depois num certo bar de Karaoke. Mas isso somente gera uma maior vontade geral de festejar.

Hábil a delegar a sua máquina fotográfica pelas mais diversas mãos e situações comprometedoras, recolhe imagens que lhe permitem no dia seguinte fazer a cronologia dos acontecimentos passados, recolhendo material que lhe permite através de chantagem recuperar o saldo gasto na devassidão.

Caso queiram encontrar este mano pródigo, é só questão de procurarem qualquer aeroporto, ou pista de corridas cá pela terra. É que tanto pode andar de braços abertos pela rua a ensaiar um voo picado, como a dar à s

no meio de uma largada de touros com uma grade de minis na mão.

Benvindo. ;)


PS: caso o encontrem em situação "grade", é normal que esteja a partilhar o peso com um candidato a músico. Consta que este ultimo, por motivo do esforço despendido, faz sessões de terapia de recuperação dos pulsos, com base numa técnica que consiste em transformar um copo em reco-reco... :P


1 comentário:

Alcides disse...

A celebração da amizade é qualquer coisa que prezo bastante. A criação e o fortalecimento de laços amizade é algo que me toca particularmente...talvez por ter sorte nos Amigos que tenho..que são fantásticos..como tu Serguei. estás próximo..e gosto que estejas próximo. Quanto ao avião...é bem provavel que me vejas levantar voo...