Na semana da festa quiçá mais aclamada do universo, dá-se o terminus da hibernação dos muitos que passam o ano a aguardar até terem finalmente um motivo para sair de casa, bem como o regresso às origens dos que espalham a boa nova por outras paragens.
Ora numa festa que assenta numa homenagem religiosa, é normal que eu começasse a associar os que regressam ao lado sagrado da questão…
Foi quando me lembrei de uma parábola, que às tantas julguei aplicar-se a um dos “filhos”cá da terrinha. Seja pela associação de algumas passagens aos sorrisos gerados ao revê-lo, seja pelas desventuras ocorridas durante o seu regresso.
Vejamos:
“…ajuntando todos os seus haveres, o filho mais jovem partiu para uma região longínqua e ali dissipou sua herança numa vida devassa.” – Aplica-se na perfeição, só tendo como ligeira diferença que a distância se limita à travessia de um rio, e que na manhã seguinte é que se percebe o saldo despendido durante a devassidão festiva.
“Ele estava ainda ao longe, quando seu pai (neste caso os amigos) viu-o, encheu-se de compaixão, correu e lançou-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos” – Aplica-se, principalmente porque o
ola que não falta nesta data são os peritos em lançamento do beijo ao pescoço, sendo que em média 70% dos "saltos" falham o alvo e acabam na roulotte da Cristina.
“… trazei a melhor túnica e revesti-o com ela, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés.” – Aplica-se, mas claro que depende do estado alcoolizado do personagem e da diabrura que os amigos se lembrem de fazer. O anel depende do deboche que eventualmente se possa proporcionar durante a noite.
“Trazei o novilho cevado e matai-o (esta parte aplica-se aos cachorros quentes do Quim, e as churrascadas); comamos e festejemos, pois este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado!’ E começaram a festejar.” – Aplica-se, sendo que muitas vezes o percurso é inverso, ou seja, o personagem passa a sentir-se perdido (as minis e o “wiki” não perdoam), e quanto a reencontrá-lo só se for umas horas depois num certo bar de Karaoke. Mas isso somente gera uma maior vontade geral de festejar.
Hábil a delegar a sua máquina fotográfica pelas mais diversas mãos e situações comprometedoras, recolhe imagens que lhe permitem no dia seguinte fazer a cronologia dos acontecimentos passados, recolhendo material que lhe permite através de chantagem recuperar o saldo gasto na devassidão.
Caso queiram encontrar este mano pródigo, é só questão de procurarem qualquer aeroporto, ou pista de corridas cá pela terra. É que tanto pode andar de braços abertos pela rua a ensaiar um voo picado, como a dar à s
no meio de uma largada de touros com uma grade de minis na mão.
Benvindo. ;)
PS: caso o encontrem em situação "grade", é normal que esteja a partilhar o peso com um candidato a músico. Consta que este ultimo, por motivo do esforço despendido, faz sessões de terapia de recuperação dos pulsos, com base numa técnica que consiste em transformar um copo em reco-reco... :P