domingo, 8 de fevereiro de 2009

Sorrisos

Já se imaginou a morar no centésimo nonagésimo oitavo andar de um edifício de duzentos andares e não ter elevador?

Já se imaginou a viver na Ilha da Armona, trabalhar em Olhão e ter que ir a nado (obrigatoriamente, por não haver barco) para o emprego?

Já se imaginou ter que andar 10km até ao WC mais próximo, para ir urinar depois de ter bebido dois litros de cerveja?

Cálculo que não, porque são exemplos que roçam o absurdo…mas principalmente porque temos meios e acessos que nos permitem ultrapassar estas pequenas barreiras do nosso quotidiano.

Os acessos para deficientes em Portugal são…deficientes. Cinemas, Centros de Saúde, Tribunais, Repartições de Finanças, Bares, Discotecas, etc., não estão minimamente preparados para servir pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Algumas estações de metro, para um deficiente motor, mais se assemelham a escarpas montanhosas de impossível acesso que nem o Homem-Aranha se atreveria a escalar.

Não me recordo de ter ido a uma discoteca com acessos para deficientes. Talvez julguem que alguém numa cadeira de rodas não possa ouvir música, dançar ou até mesmo receber uma table dance.

Penso que o Estado tem um papel (que tem sido desempenhado de forma deficiente) preponderante na criação de acessos para deficientes. Desta lacuna, nascem empresas apostadas em proporcionar uma vida melhor a estas pessoas.

É o caso da SpeacialCare. Uma empresa vocacionada para servir pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Abarcam diversas áreas como: Acessibilidade; Posicionamento e Mobilidade.

Consultem o site, divulguem a informação, contactem a empresa se houver necessidade. O lema deles é: “Nada se compara a um sorriso”. E nós gostamos de sorrir.

2 comentários:

Catarina disse...

Migão...muito obrigado...muito obrigado meeeeeesmo ;)

Como diria o Anderson "a like...a like...afte and afte...a like it a lot, and a defen because a like!!" :P

TuniKKa disse...

Infelizmente, muita gente, pelas mais variadas razões, passa toda uma vida completamente alheada dessa triste realidade.
Grave, grave, é essa realidade ser, para os nossos governantes, uma questão secundária.
Na minha escola tem havido alguma preocupação em sensibilizar os alunos para a "IGUALDADE DE OPORTUNIDADE PARA TODOS"! E, a questão das barreiras arquitectónicas é uma, entre várias...