quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Meias Palavras

Tal como diz o provérbio, no sentido de que nem sempre é necessário proferir a totalidade das frases para se perceber o sentido das mesmas, clama-se por vezes que para bom entendedor meia palavra basta. Mas há dias…

Admito que mesmo com os melhores “entendedores” por perto, tenho dias em que provavelmente só quem tivesse capacidades telepáticas me conseguiria compreender, dadas as escassas “pistas” que forneço. Digo “pistas” porque de certa forma percebi que nas manhãs ora sem stress, ora em estado errante pós-noite, me aproximo dos concursos agora tão em voga na TV. A diferença é que eu não uso saltos altos nem uso decotes a mostrar seios que não possuo.

Este fim-de-semana, após uma sequência de dias de férias anti-stress (primeira componente), acabei por jantar e sair para a noitada com parte do team maravilha. Até aqui tudo bem, se bem que já esboçava um estado semi-zen em que somente mantinha um sorriso e proferia curtas expressões. Só que após a noite “bom astral”, da qual fez parte combustível “wiki” (segunda componente), ao acordar senti-me ainda mais zen que na noite anterior.

Durante as desventuras geradas por meliantes noctívagos, principiei a notar então que as minhas tentativas de intervenção nas conversas com o team acabavam todas por ser infrutíferas, dado que somente exprimia quatro a cinco palavras e o resto pura e simplesmente se esvaía na intenção. Exemplifico:

“Opah, é tipo aquele filme com o … (?)” – Expectativa geral do team a aguardar a continuação da ideia. Sem sucesso.
“Isso foi como no outro dia em que… (??)” - Expectativa geral do team, já com cara de gozo, a aguardar a continuação da ideia. Sem sucesso.
“Então isso era tipo… (???)” - Expectativa geral do team a saber não haver continuação da ideia, e a gerar gozo geral. Aceitação do estado.

Valeu-me a orientação do team, tardia, quanto à localização para onde era suposto deslocarmo-nos para o merecido brunch, e só com a sobremesa me curei repentinamente. Vivam as visões sugar-free. ;)

Nessa noite, já com o team mais completo, acabei por perceber que não era o único a ter estes surtos de quebra de expressão. Percebi-o quando em conjunto com o team, se proferiu no ecrã algo como “…e portanto irá ser…hmmm…”, e quase em uníssono, elementos do team e no ecrã exclamaram: “…coiso…”.

Adoro o regresso à normalidade.


Nota: Viva a excelente orientação plas ruas de Lx (nem GPS’s ajudam), os solos de trompete no WC, o on/off do “wiki” Jameson, os olhares de bacalhau (convenientemente representados), e o falar/cantar non-stop durante 1 hora num idioma diferente … mantendo todos os dentinhos. Desconfio que a sorte foi a t-shirt envergada por um certo elemento do team…

1 comentário:

Alcides disse...

Isso é um sindroma de...não me recordo do nome da doença..Acho que...esqueci-me do que ia a dizer..mas acho que..olha passou-me..Óptimo fds!!