Muito se tem discutido sobre a possível transferência de Cristiano Ronaldo para o Real Madrid. Os números que envolvem o negócio são pornográficos e nem que trabalhasse durante duas eternidades o meu extracto bancário se aproximaria aos dígitos da conta bancária do madeirense.
Toda a gente tem uma opinião sobre o assunto e eu não fujo à regra. Na grande maioria das opiniões defende-se o prodígio português e discute-se muito a relutância do clube inglês deixa-lo sair para cumprir um sonho, o de jogar na Liga Espanhola.
Nos últimos dias, o presidente da UEFA utilizou a expressão “escravos dos tempos modernos”. Nunca esteve tão longe da verdade!
O conceito de escravidão está exactamente nos antípodas do que este senhor afirma. Durante anos os escravos estiveram sujeitos a condições de vida sub-humanas, passavam fome, trabalhavam 25 horas por dia e tudo isto imposto pela diplomacia da força bruta. Não são propriamente condições de trabalho aliciantes, sem falar no facto de não receberem qualquer remuneração e não terem direito a um sindicato.
Quando oiço alguém considerar que os jogadores de futebol são os escravos dos tempos modernos, entendo a metáfora, mas não deixo de pensar que enquanto escravos, estes senhores têm as melhores condições de trabalho possíveis: ordenados chorudos que lhes permitem ter casas de luxo, carros de luxos, acesso a médicos de luxo, tem a oportunidade de viajar (sem terem de esperar longas horas no check in) e conhecer o mundo, etc.
Bom, pesados os prós e os contras da afirmação de Blatter considerar que estas condições de trabalho são de escravo é o mesmo que dizer que o fim do mundo acontecerá com uma chuva de bolas de algodão embebidas em acetona…ou seja algo completamente absurdo .
domingo, 13 de julho de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário