Sonhos

Como andamos nos domínios do absurdo (como o último texto pôde comprovar), nada como relatar-vos o sonho que tive hoje. Uma experiência kafkiana, ao nível de uma viagem proporcionada pelo consumo de um ácido ou um argumento de David Lynch.

Atenção, que o que se segue pode causar danos psicológicos!

De repente estou a sair de num autocarro, proveniente de Setúbal, com um papel de pastilha elástica numa mão e uma tampa de uma panela de pressão na outra. Olho para o letreiro do autocarro (onde normalmente estão inscritos os destinos dos mesmos) para confirmar se tinha efectuado correctamente uma transferência bancária. Entretanto, largo a correr, com mais dois tipos com estilo rockabilly, em direcção a um concerto que já tinha começado.

A meio do percurso, reparo que me dirijo para a casa do meu amigo Sr. Engenheiro Duarte. Entro na casa do Sr. Engenheiro e numa divisão estava ele, a Catarina (sua cara-metade) e alguns amigos e noutra decorria o concerto que mencionei anteriormente. Fico espantado com o silêncio que estava na casa, independentemente de estar a decorrer um concerto dos…Sex Pistols!

Nesse momento, constato que o Sr. Engenheiro dispõe de um controlo remoto que lhe permite ter um concerto dentro de sua casa, mas no modo de Mute, permitindo desfrutar dos decibéis do seu home-cinema.

Dirijo-me ao Sid Vicious, por entre a multidão, para entregar os comprovativos da Transferência Bancária, o papel de pastilha e a panela de pressão. Noto que, apesar de ele estar em Mute, me ouve perfeitamente e ficou bastante desagradado com os comprovativos.

Encarrega um dos seus roadies para acertar contas comigo. O roadie parecia o Quaresma (do FC Porto) mas com um ar mais assustador. Eu tremia de medo e em menos de nada estou metido em papos de aranha, com o Quaresma a fazer uma gravata e a ameaçar-me que me mata, cerrando um punho na minha face…

Acordo e questiono-me: serei uma pessoa normal? Não sei..mas gostei da trip.