segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Há um oceano para todos...

Parabéns Catarina e uma Small Hour...

Fio de Nylon e Meios de Comunicação

Com as novas tecnologias e as redes sociais, outros meios de comunicação acabam por se tornar inevitavelmente obsoletos. Porém, a sua parca utilização confere-lhes uma aura de ancestralidade. Falo concretamente da Carta.

Na passada semana experienciei um episódio curioso…Com obras a decorrer no prédio cujas traseiras dão para o meu pátio, o meu vizinho tinha necessidade de pintar a parede. Acontece que para o fazer necessitava entrar em minha casa e consequentemente autorização para faze-lo.

Foram feitas diversas tentativas para estabelecer contacto com a minha pessoa, mas em vão…

Até que um dia, ao deslocar-me ao pátio para sou confrontado com essa tal ancestralidade de que falava há pouco…

Como o meu vizinho não conseguia falara comigo, decidiu enviar-me não com a ajuda dos TT, mas sim com a ajuda…do seu pintor.

Do céu descia um fio de nylon, com aproximadamente 15 a 20 metros, uma mola na extremidade com uma carta. O envelope dizia: “Cumprimentos vizinho”. No interior, num português com erros típicos de um inglês em Portugal, estava o pedido para eu autorizar a pintura do prédio.

Inusitado, estranho e antiquado…Mas eficaz.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

ImagenS

Há momentos nos quais as palavras ganham vantagem, momentos em que estas reforçam a descrição de um facto, que ajudam a enfatizar os detalhes de forma mais expressiva. Mas outros momentos há em que as palavras se tornam escassas, demasiadamente escassas e inexpressivas para conseguirem definir e transmitir fielmente o que se pretende partilhar.

Se há alguns dias atrás alguém se deparasse com semelhante imagem, poderia tentar combinar letras para descrevê-la, imaginar do que na água falariam ao fazer parte daquele cenário. Mas uma vez mais as palavras não dizem tudo, e ali dentro certamente muitas "palavras" se trocariam em silêncio... na linguagem das emoções em forma de imagens que se mantêm no tempo.


Aos sorrisos, aos amigos, e às imagens.



Falta tanto tempo...

Terminadas as férias é tempo de voltar à dura realidade do trabalho, de Lisboa, dos ritmos nada compassados, das camisas, dos fatos, os mocassins, da hora estipulada para almoçar, das filas para almoçar… Voltar de férias é um exercício de pura resistência.

Damo-nos conta que a facilmente nos habituaríamos a uma vida de ócio, exactamente nos antípodas do bulot dodo dodo boulot…Muitas pessoas dizem que trabalhar forma o carácter, mas a percentagem de pessoas que efectivamente acredita nessa patacoada é tão ínfima como a quantidade de notícias que se aproveitam nos telejornais durante a época estival.

Ver os noticiários torna-se fastidioso, consequência da das notícias inócuas que preenchem os espaços noticiosos. No entanto, desde que haja jogos do Benfica a serem televisionados em canal aberto, tudo o resto passa para um plano secundário.

Mas não, não quero que pensem que este é um lamento igual ao de tantos outros. Este é sim um lamento de alguém que gostava de poder beneficiar de muitos mais dias de férias.

Ao escrever estas linhas uma semana e meia após o regresso à urbe, sinto que ainda não estou mentalmente preparado para trabalhar durante mais cerca de 32 anos até à idade da reforma.

Até lá…vou aproveitando os fins-de-semana.