Sua Exa.
Senhor Presidente
Bom dia,
Em virtude das noticias vindas a publico esta semana, mais propriamente no passado dia 15 do Dezembro do presente ano, vejo-me forçado a demonstrar a minha profunda indignação com toda esta situação.
Desde já, gostaria de salientar que não faço parte de nenhuma associação, partido ou movimento de cariz politico ou semelhante. Apenas manifesto e quero deixar esta minha “Carta Aberta”, como simples munícipe desta cidade que vê em larga escala o rumo contrário que a cidade esta a seguir ao do que seria previsto. Onde os sinais que apresenta de progresso são mínimos, bem como os de ruptura com um passado pouco abonatório para com a cidade.
Consciente de toda a complexidade deste processo, não só pela particular e singular posição de como tudo começou mas sobretudo de como tudo foi negociado e adjudicado inicialmente. Tenho por isso que dizer que, é com agrado que vejo que V/Exa. conseguiu alcançar um acordo tendo em vista a redução da indemnização a pagar ao Consórcio. Não sendo bom, é no minimo razoável olhando á sentença inicial. Porém, e é aqui que reside toda a minha indignação e profunda preocupação, não só pelo valor a que a Câmara Municipal de Lisboa se vê obrigada a pagar mas sim pelo factor impunidade e sentimento de irresponsabilidade em toda esta matéria.
Se é verdade que aquando de toda esta embrulhada, V/Exa. ainda não era Presidente da Autarquia, não é menos verdade que o Sr. Vereador Sá Fernandes já ocupava o lugar de Vereador na Câmara Municipal de Lisboa. Ora, e atendendo aos factos relatados e que constam no processo, toda esta confirmada e desconfortável situação com prejuízos avultados para o erário publico e com reflexos no crescimento da divida da Câmara Municipal de Lisboa, foram consequência de uma acção bem definida e não menos bem elaborada por aquele que é agora e já no mandato anterior, um “seu” Vereador, nomeadamente o Sr. Vereador José Sá Fernandes.
Não me cabe a mim julgar quais as interpostas intenções do Sr. Vereador José Sá Fernandes na altura e mais propriamente quando decidiu tomar esta atitude. Reserva-me a mim como simples cidadão olhar á luz dos factos e constatar que este Sr. Vereador José Sá Fernandes, lesou e contribuiu negativamente e nos mais diversos sentidos a Câmara Municipal de Lisboa.
Pergunto, na qualidade de Advogado não saberia o Sr. Vereador José Sá Fernandes as consequências inerentes do seu acto? Não estaria ele consciente das regras do jogo e como isso poderia implicar e ter um impacto negativo para a Câmara Municipal de Lisboa? Que razão ou razões moveram o Sr. Vereador José Sá Fernandes a desencadear todo este processo? Terá ele directa ou indirectamente beneficiado desta situação?
E os interesses máximos da Câmara Municipal de Lisboa, quem os defendeu e os defende perante os José Sá Fernandes de Lisboa?
Assim sendo, gostaria de deixar a V/Exa. algumas questões que se me levantam neste momento. Primeiro saber que consequências directas têm esta situação no âmbito das contas da Câmara Municipal de Lisboa. Saber também qual a posição, considerações e justificações que tem o Sr. Vereador José Sá Fernandes acerca desta matéria. Pois se analisasse-mos tudo isto na esfera do privado, o que seria de um gestor que dá uma prejuízo á sua empresa de 18.5 milhões de euros???. Por fim saber, como V/Exa. pode e consegue manter a sua confiança politica ao referido Vereador. A bem da verdade, não estou e creio que ninguém poderá estar seguro de que tais casos e semelhantes situações não se venham a verificar num futuro próximo.
Grato desde já por toda a atenção dispensada por V/Exa. ,
domingo, 20 de dezembro de 2009
sábado, 5 de dezembro de 2009
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