Morando eu nas imediações do Marquês de Pombal e por altura das comemorações do Dia do Trabalhador, torna-se inevitável que oiça os sempre audíveis, invariáveis e previsíveis gritos do povo.
“A Luta continua!”
“O Povo Unido jamais será Vencido!”
Assim sendo e visto que tenho necessariamente que ouvir estes urros de insurreição, dirijo-me aos líderes da UGT e CGTP, no sentido de lhes apresentar algumas alternativas para renovarem os Gritos de Revolta.
Nos tempos que correm, vociferar frases desactualizadas em manifestações é quase tão producente como o jeito que levo para a bricolage (há dias precisei de pendurar umas coisas no tecto e tive que chamar um senhor moldavo que, no momento pagamento e dada a complexidade do trabalho, disse-me com um sorriso que enumerava adjectivos como atado e papalvo:”Amigo pague-me o quiser.” Foram os dez euros mais fáceis e rápidos da sua vida profissional).
Posto isto, lembrei-me de algumas frases (que rimam) que podem causar impacto em manifestações, ajudar na luta de classes, melhorar condições de trabalho e até ajudar na vida sexual de alguns sindicalistas:
“A Plebe... endividada… Só come Entremeada!”
“Ladrões... de Colarinho...só bebem Alvarinho!”
“Patrões ...em pose…Só coçam a Micose!”
“Salário... d’Artola…Nem dá pra ir à Bola!”
“Com contas ...diminutas…Nem posso ir às Pu#$%!”
Amigos da Luta: estas são apenas algumas dicas de alguém que também sente o que vocês sentem…Se têm que o fazer... ao menos que o façam com expressões mais recentes.
Estas, ofereço-as eu, num gesto de agradecimento pelo que têm feito ao longo dos anos.
sábado, 1 de maio de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário