quarta-feira, 23 de abril de 2008

Poesia do Andaime da Obra

Muito se terá falado da capacidade poética do nosso povo. Aquela veia rmântica ou não onde as palavras soltas e bem construidas ecoam por esse mundo fora.
Pois bem , se somos um povo rico e de algum modo diferente na utilização da linguagem escrita , temos por assim dizer um não menos modo peculiar de exprimir essa nossa vertente poética , liríca , romântica e até sedutora , o chamado PIROPO.
Estamos então perante um estilo de poesia Royal ou poesia instantânea. Uma poesia destinada a provocar um efeito, seja ele qual for, imediato e espontâneo. É uma poesia nua, sem rodeios ou versos elaborados. Marca sim, um virar de página na literatura portuguesa do novo milénio. Eis alguns capítulos.

Capítulo 1
A RIMA RICA
1. Ó flôr dá para pôr?
2. Ó musa dás-me tusa.
3. Ó bomboca, mostra a toca?
4. Ó doce, era onde fosse.
5. Ó beleza, deixas-ma tesa.
6. Ó boneca, vai uma queca?

Capítulo 2
O TROCADILHO
7. És como um helicóptero: gira e boa.
8. Ó fêvera, junta-te aqui à brasa.
9. Ó jóia, anda aqui ao ourives.
10. Ó “morcona”, comia-te o sufixo.
11. Ó filha, aperta aqui que é mais fofo.
12. Ó jeitosa, és mais apertadinha que os rebites de um submarino.
13. Andas na tropa? É que marchavas que era uma maravilha.
14. Se fosses um barco pirata, comia-te o tesouro que tens entre as pernas.
15. Tantas curvas e eu sem travões.
16. Usas cuecas TMN? É que tens um rabinho que é um mimo.
17. A tua mãe só pode ser uma ostra para cuspir uma pérola como tu.
18. Tens um cu que parece uma cebola, é de comer e chorar por mais.
19. Só queria que fosses uma pastilha elástica para te comer o dia todo.
20. Tanta carne boa e eu em jejum.
21. Se o teu cu fosse um banco, fazia uma poupança a taxa fixa.
22. Ó filha, agora já percebo porque é que tenho a talocha nas mãos.
23. Belas pernas, a que horas abrem?
24. A ti não te custava nada e a mim sabia-me tão bem.
25. Até davas uma boa actriz mas és muito melhor atrás.

Capítulo 3
Os RELIGIOSOS
26. Diz-me lá como te chamas para te pedir ao Menino Jesus.
27. Ó filha, queres ir ao céu? Sobe os andaimes que o resto do caminho é por minha conta.
28. Ó filha, se não acreditas que Deus é feito de carne e osso sobe os andaimes e anda cá tocar-me.
29. Abençoados pais que conceberam esta coisinha linda.
30. Por acaso és católica? É que tens um cu que valha-me Deus.

POR FIM......

Capítulo 4
A METÁFORA
31. Ainda dizem que as flores não andam.
32. Ó filha, com um cuzinho desses deves cagar bombons.
33. Ó filha, levavas aí com o martelo pneumático que fazíamos o túnel do Marquês num instante.
34. Que bela anilha que tu tens, deixa lá enroscar o meu parafuso.
35. Só custa a cabeça que o resto é pescoço.
36. Que rica sardinha para o meu gatinho.
37. Anda cá a cima afagar-me a cobra zarolha.
38. Ó filha, o teu pai devia ter a régua torta para te fazer com curvas assim.

Espero que este texto literário sirva para mudar um pouco a nossa postura geral em relação a estes artistas e despeço-me com este pedido – deixem declamar o CHALANA, esse novo poeta surgido do qq nevoeiro como D. Sebastião.

ASHA, SIMPLESMENTE MÚSICA



Por vezes tropeçamos nas coisas , cruzamos com pessoas, embarcamos em novas aventuras mas na realidade não conseguimos dar a devida importância, o devido valor no descobrir da essência e significado que têm para nós esse tipo de experiências.
Bem dito dia aquele em que numa banal visita á catedral da cultura urbana , vulgo FNAC , me cruzei com esta SENHORA, esta pequena grande SENHORA, CANTORA , CONTADORA DE HISTÓRIAS.
O apogeu deste processo de conhecimento deu-se ontem num memorável concerto , curto com pena minha mas rico nas emoções geradas, na harmonia e simplicidade de uma pessoa que trouxe até nós uma voz profundamente marcante.
Façam o que fizerem , tentem o que tentarem , riam , chorem , gritem ou pura e simplesmente escutem............ mas por favor não ignorem.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Coisas Do Diabo

A Igreja Católica foi o tema central de vários textos neste blog. Na maioria das vezes (leia-se na totalidade) foram críticas feitas ao modelo de gestão, às práticas corporativas de propagação da fé cristã e nalguns casos a duvidosa sexualidade dos seus párocos.

Mas este texto não será (mais) uma crítica, mas sim uma dissertação de compaixão. Compaixão para com Deus, que está em Crise. É verdade, Deus está em crise.

Primeiro foi legalização do Aborto, essa prática herege, que visa essencialmente acabar com o papel da Cegonha na explicação da concepção dos bebés. Depois temos, os avanços na Genética. Aos olhos de Deus, os cientistas estão a querer ter tanto protagonismo na criação de seres vivos como o próprio Deus. Daqui por alguns anos, quando uma criança perguntar como nasceu o Mundo e de onde vêm os bebés, a resposta pode perfeitamente ser: “Quem inventou o Mundo foi um cientista chamado Stephen Hawking, patrocinado por outro senhor chamado William Gates e os bebés vêm de um Centro Genético, onde esperma e óvulos são biologicamente produzidos.” Adão e Eva, estarão completamente obsoletos.

Só com isto, Deus ganhou uma enxaqueca crónica. Todavia, o seu estado de saúde deteriorou-se substancialmente com a introdução de alimentos transgénicos na nossa alimentação e principalmente quando vê no Oprah Show que Thomas Beatie, um transsexual, estava grávido!

Mas a depressão de Deus atinge o seu auge com… a com a lasanha do Lidl. Custa apenas 3.99 Eur, parece feita numa qualquer cidade italiana, sabe deliciosamente e vem num recipiente de plástico que (espante-se!) pode ir ao forno.

Só pode ser coisa do Diabo.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

domingo, 6 de abril de 2008

Essência Simples


Este post surge por três motivos diferentes, estando no entanto todos eles interligados.


O primeiro prende-se com o aniversário do Coisas Simples, este universo de detalhes e pormenores que neste primeiro ano encheram a alma e puseram muitos a perceberem que as coisas podem mesmo ser simplificadas, seja via uma boa gargalhada ou uma consciência alerta. Embarquei na viagem ciente da responsabilidade envolvida, cabe-me agora engolir em seco para seguir com balanço e tentando manter o espírito neste segundo ano que se iniciou. Um forte abraço mano Alcides, por teres posto mãos à obra e gerado este ponto de encontro de energia e opinião. Os balanços de final de ano são desnecessários, a “mensagem” por ti transmitida reclama os louros por si só. ;)


O segundo assenta no fim-de-semana passado, em que numa reunião de malta amiga deu para perceber que a idade em certas pessoas/grupos, à semelhança do que espero que suceda com o Coisas Simples, não implica obrigatoriamente que se envelheça e estagne, tendendo ao invés para aprimorar e refinar as “viagens” mentais e “filmes” fora do normal que se sucedem consecutivamente. Os sorrisos, a amizade, a liberdade de expressão, a felicidade pura, e acima de tudo a criatividade e imaginação fora de controlo hão-se sempre ser algo que eleva o espírito a níveis incalculavelmente compensatórios. É isso que fica na alma e realmente importa nesta vida, é aquilo que nos preenche verdadeiramente.


O terceiro motivo, assenta na questão da falta de tempo, que a todos atinge nos dias que hoje correm, e que acaba por gerar minutos decisivos, nos quais se não agimos de imediato acabamos por nos lembrar das coisas mas não deixamos marca. Sabemos que nem sempre estamos lá quando é preciso, que nem sempre agimos quando devíamos, mas acredito na filosofia de que quem gosta não esquece, mesmo que por uma razão ou por outra acabe por não o demonstrar no imediato. Ainda bem que tudo no universo tende para o equilíbrio, e que por cada minuto que se perde ganha-se outro...


Pelo primeiro motivo no qual surgiu um “toque” anual pessoal para cada um, associado ao segundo motivo mágico, que surgiu fruto das “combinações” no aniversário do criador do Coisas, fica feita a rectificação tardia que não tinha ainda aqui ficado cunhada, seguindo a tradição do blog…é que…


PARABÉÉÉNS!!! O ALCIDESSSSSS FEZ ANOOOOOOSSSSSSSS!!!


PS: Só falo Aramaico a partir da 9ª imperial. A partir daí é caroçada a torto e direito :P



sexta-feira, 4 de abril de 2008

1º Aniversário

Foi há um ano, que surgiu a ideia de criar um espaço onde pudessemos partilhar as ideias, debater opiniões e essencialmente dizer palermices. Esse espaço chama-se Coisas Simples.

Escrevo em nome dos dois intervenientes, que fazem com que este espaço seja cada vez melhor, um espaço de amigos e para os amigos, sem os quais este blog não teria nem um terço das histórias aqui relatadas.

Assim, no 1º aniversário do Coisas Simples, vou aproveitar para revelar os segredos dos mais bem guardados deste blog:

1º - Este é o blog mais lido no Forte da Casa e no Turquemenistão. No Forte da Casa, é lido por um jovem bancário, que sofreu uma Taquicardia ao ver o Benfica-Getafe e no Turquemenistão, por uma comunidade lusófona em ascenção, que planeia um Golpe de Estado.

2º - Todos os textos que, supostamente, são assinados por mim, na verdade são escritos por uma anã, que conservo na dispensa da minha casa, num bidon de formol e que está constantemente alterada psicológicamente devido à inalação do cheiro de latas de Cola UHU. Chama-se Ursula Natércia.

3ª - O Cspil, que assina alguns textos, pondera seriamente o abandono das suas obrigações profissionais, para se tornar lider de um culto religioso, onde sacrificam minhocas e veneram o Professor Bambo. Reunem-se à 3ª Feira numa casa abandonada, ali ao pé Alhos Vedros.

4º - O Serguei, que também ele assina alguns textos, tem o dom de falar com cobras-de-água em Aramaico e tem uma colecção valiosíssima de latas e calendários do Sylvester Stallone. A colecção de latas foi ganha numa aposta com um mecânico. A aposta consistia em ver quem cuspia caroços de manga mais longe. Com a marca inigualável de 13 metros, Serguei levou a melhor. O mecânico deixou de exercer e sobrevive à base de ansiolíticos.

Off we go, a caminho do ano número 2…

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Gregory House

Sempre que passo um fim-de-semana na Moita, sou altamente infectado por um vírus denominado de “Mais do Mesmo”. O meu sistema imunitário fica desprotegido e fico bastante vulnerável, correndo mesmo o risco de poder ser vítima de um óbito por sobredose de gargalhadas, a morte mais comum nos doentes infectados por este vírus. Não obstante uma ida à Moita, pode também significar Hemorróidas, principalmente se as pessoas que estiverem sentadas ao seu lado num jantar, tiverem o cuidado de condimentar a sua refeição com especiarias picantes…

Mas os sintomas de “Mais do Mesmo” manifestam-se pela quantidade de gargalhadas libertadas, aliado a um estado de alma bastante licoroso. Esta enfermidade é altamente contagiosa e o perigo de Epidemia é bastante elevado. Foi reportado o caso de um casal infectado, numa localidade próxima da Moita (Lavradio). O casal tem uma filha que, ao que tudo indica, nasceu já com o vírus no seu organismo.

Este Vírus provoca também outro tipo de alterações no metabolismo das pessoas infectadas, estou a falar de Estrangeirismo e Dislexia. De forma a comprovar esta teoria, apresento três casos alarmantes:

1º Caso – Estrangeirismo: Habitualmente quando deixamos cair um prato ou um copo e se por acaso nos cortamos é comum soltarmos um “Ora Bolas!” ou até mesmo uma expressão vernácula, mas na Moita os infectados de “Mais do Mesmo”, largam: ”God Damn Fuck The Jam”… Desconhece-se o motivo para tal facto.

2º Caso – Dislexia: Estes, são casos mais gravosos, senão vejamos: a Mãe do Míudo Ruivo preconiza a existência de uma “Selecção Nacional de Futebol de Rugby”, o que lhe confere o nível IV, nos cinco estágios desta virose.

3º Caso – Dislexia Galopante: esta é uma situação em que há uma fusão entre “Mais do Mesmo” e Verborreia. A paciente afirmava que as iniciais do jipe UMM, significavam Uma Grande Merda…Preocupante, se considerarmos a inexistência da letra G na marca do bólide.

Por último, relato algumas derivações desta doença. A mais comum, torna os doentes de “Mais do Mesmo”, vítimas de Sindroma de Fernando Mendes (apresentador do Preço Certo). O meu caso particular é prova disso, quando afirmo que a localidade de Funchalinho (uma localidade da freguesia de Caparica, concelho de Almada) se situa... na Madeirinha. Contudo a vítima em estado mais avançado é o Pai do Míudo Ruivo. Transcrevo, de seguida, o diálogo que prova este inquietante caso de saúde pública:

"- Sabias que o Wen (forcado do Aposento da Moita) já não pega?" – Pergunto eu.

Resposta:

"- Então?...Gripou-lhe o motor? "

Na Moita, estamos à espera de uma consulta com o Dr. House.